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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Yamaha Neo 125 - A nova opção de entrada da Yamaha

Depois de alguns anos sem scooter em sua linha de produtos no Brasil, a Yamaha agora está a todo vapor, após o recente lançamento do scooter NMax 160, que veio para concorrer diretamente com a PCX, a marca dos diapasões lançou, ou melhor, trouxe de volta a Neo, agora com motor de 125 cc e câmbio automático CVT.

Para quem não lembra, a NEO foi por alguns anos uma opção para quem não queria uma moto com câmbio convencional, ela tinha um sistema automático de transmissão que deixava a pilotagem muito mais simples. Apesar do sistema CVT, a Neo AT115 lembrava muito mais uma CUB do que um scooter, com rodas grandes e pneus finos, a posição de pilotagem lembrava bastante a da Honda Biz e Yamaha Crypton. O modelo foi lançado em 2004, teve alterações em 2008 e foi vendida até 2011, quando a Yamaha decidiu parar de fabricar o modelo no Brasil, ficando definitivamente fora dos scooters, até este ano.

A NMax 160 se destacou desde o lançamento no primeiro semestre desse ano, mas apesar de ter se mostrado um excelente scooter, seu preço próximo dos R$ 12.000,00 a torna proibitiva para quem vai comprar a primeira moto mas ainda não tem muita grana pra isso, por isso a marca decidiu lançar a NEO 125, que vem para ser scooter de entrada da marca e concorrer diretamente com a Suzuki Burgman 125, Honda Lead 110 e Dafra Fiddle III.

A nova Neo 125 vem equipada com o câmbio automático do tipo CVT, motor de 125 cm³ e potência de 9,8 cv (8.000 rpm), o torque é de 0,98 kgf.m. Até aí sem muitas novidades, a receita tradicional, motor refrigerado a ar, com injeção eletrônica, alimentada somente por gasolina.


As rodas da nova Neo são de 14 polegadas tanto na frente quanto atrás, com pneus Metzeler 80/80 na frente e 90/80 atrás, conjunto bom para encarar o asfalto off road das nossas cidades, os freios são a disco na dianteira e tambor na traseira, e estão equipados com o sistema de freios combinados, batizado de UBS pela Yamaha, o mesmo freio que já equipa a Factor 150, ao contrário da sua irmã maior, a Neo não tem sistema ABS.

O design é bem atual, um desenho bem esportivo, já tradicional na Yamaha, com faróis e lanternas em LED, o painel, um pouco mais simples tem mostradores analógicos de velocidade, hodômetro e marcador de combustível, sem telas em LCD.







O escudo é similar ao da NMax, sem tampas no porta-objetos, prático por um lado, pelo fato de poder colocar rapidamente os objetos, e ruim pelo fato de não ser tampado e molhar em dias de chuva.


Apesar de ainda não ter visto pessoalmente o scooter, o banco aparenta ter bom tamanho, já o espaço sob o banco aparenta ser similar ao da Suzuki Burgman, pois a própria marca já informou que apenas capacetes do tipo Jet cabem sob o assento, isso porque a marca optou por colocar o tanque de combustível debaixo do banco, para livrar a plataforma de apoio dos pés.


O mais atrativo, o preço, o scooter está sendo lançado por R$ 7.990,00 + frete, sendo o scooter mais barato do Brasil nessa categoria, mais barato inclusive que o Suzuki Burgman 125 da Suzuki, que está sendo vendido hoje a R$ 9.490,00 (Um absurdo em minha opinião rsrs).

Na minha opinião, a Nova Neo 125 vem para ser uma excelente opção de entrada, com preço justíssimo e suficiente para atender as necessidades básicas de quem precisa de um veículo para se locomover na cidade, o modelo não traz alta tecnologia, mas se destaca entre os outros da concorrência. Apesar de continuar dizendo que freios ABS são sim muito importantes, não tê-los em um scooter pequeno é perfeitamente aceitável, desde que o condutor pilote com tranquilidade, em breve pretendo fazer o test ride do modelo para tirar as opiniões na prática.

Para finalizar, o vídeo de apresentação do scooter no Youtube:


 Fonte das imagens: http://www.neo125.com.br//visao-geral

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Ride experience - A nova tendência

As marcas estão cada vez mais criativas no que diz respeito a divulgação de seus produtos, hoje existem tantas opções de marcas e modelos de motocicletas que algumas lojas estão apostando em verdadeiros eventos de marketing para promover não só a marca, mas também o nome da concessionária.

Para quem acompanha as redes sociais, certamente já viu alguma pessoa compartilhando os eventos de ride experience, algo que vêm se tornado comum em marcas como Triumph, Kawasaki e BMW, os eventos são basicamente um dia em que o cliente, ou possível cliente, pode conhecer a concessionária, bater um papo com os vendedores para conhecer melhor os modelos, tomar um café da manhã ou até mesmo um almoço, e fazer test ride nas motocicletas disponíveis, algumas concessionárias disponibilizam até música ao vivo e alguns mimos como espaço kids e salão de beleza para as mulheres, sejam elas garupas ou pilotos.

Eu particularmente gosto de confete enquanto cliente, tanto que já fechei negócio muitas vezes pelo atendimento recebido, e pensando nesse ponto é que cada vez mais as concessionárias estão trabalhando esse "aconchego" ao cliente para promover suas lojas, e tem dado certo, um exemplo recente que ví nas redes sociais, foi um cliente de São Paulo que comprou uma Kawasaki na cidade de Jundiaí e tem feito as revisões lá pelo simples fato de ter sido bem atendido, a concessionária da marca em Jundiaí é uma das que promove café da manhã aos sábados, enquanto o cliente aguarda a revisão, pode bater um papo e tomar café com o pessoal da loja e clientes.

Recentemente fui nessa concessionária para fazer test ride em dois modelos, tive o mesmo bom atendimento, mesmo o vendedor sabendo que não posso comprar a moto agora, fui muito bem atendido e certamente quando for comprar minha próxima moto, que se tudo der certo será uma Kawasaki, provavelmente vou estudar a possibilidade de comprar com eles.


A Triumph, por exemplo, além dos eventos organizados mensalmente em cidades alternadas, eles tem a divisão Triumph Experience, que propõe cursos e viagens (longas e bate-volta), isso mesmo que você não tenha uma Triumph, você pode alugar um modelo e fazer o curso ou passeio, tudo isso para te convencer a comprar com eles.


Já a BMW realiza uma vez por ano o Mottorad Days, um evento onde a marca normalmente aluga um espaço para realização de test rides (On e off-road), além de outras atrações, nesse ano por exemplo, o evento foi em um sítio com música ao vivo, comida e até atividades externas como tirolesa e arvorismo, infelizmente esse ano já foi, em Junho, mas abaixo vocês encontram o link para saber mais sobre o assunto.



Fique por dentro das redes sociais, sempre aparecem eventos de test ride, incrementados com food trucks, música ao vivo e é claro muito papo de moto. Abaixo os sites de algumas marcas e concessionárias que promovem os eventos:

Kawasaki Rota K - Unidades em Campinas e Jundiaí


Até a próxima,

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Suzuki GSR 150i - Resumo e impressões.

A grande maioria dos test rides que faço são programados, vou até a concessionária e ando na moto, mas esta semana tive a oportunidade de fazer um test ride inusitado na Suzuki GSR 150i de um amigo, e claro não podedia deixar de postar um review da moto aqui no blog, então vamos lá...

A GSR 150i já não é novidade, foi lançada há alguns anos com a intenção de substituir a Yes 125, mas na verdade acabou que a Suzuki manteve as duas e ainda lançou a GSR 125 também, então vamos as principais diferenças entre elas:


 
Suzuki Yes 125


 
Lançada nos anos 2000, o consagrado motor de 125cc, que tem durabilidade comprovada, reúne receita básica, com mecânica simples e confiável.
Alimentação: Carburador Mikuni BS25
Cilindrada: 125 cm³
Potência: 12 hp
Torque: 1,14 kgf.m
Câmbio de 5 velocidades



Suzuki GSR 125


 Lançada logo após a GSR 150i, porém sem a injeção eletrônica, mas com as atualizações de painel e rodas da GSR 150i
Alimentação: Carburador
Cilindrada: 125 cm³
Potência: 10,8 hp
Torque: 0,95 kgf.m
Câmbio de 5 velocidades

 

Suzuki GSR 150i




Inicialmente seria a substituta da Yes 125, mas infelizmente ela não seguiu o ritmo de vendas de sua antecessora, por isso a Suzuki optou por manter as duas na sua linha de produtos.
Alimentação: Injeção eletrônica
Cilindrada: 149,5 cm³
Potência: 12 hp
Torque: 1,08 kgf.m 
Câmbio de 6 velocidades

Na prática, as diferenças de desempenho são pequenas, porém perceptíveis, a GSR 125 na verdade é uma atualização estética, porém com desempenho mais fraco, com torque e potência mais baixos em relação às outras duas.

Já entre a GSR 150i e a Yes 125 as diferenças são poucas em questão de desempenho, as duas tem mesmo valor de potência, 12 hp, porém o torque da Yes 125 é levemente superior ao da GSR 150i, mas nada que faça muita diferença na prática. Na minha opinião, a vantagem da GSR 150i está principalmente no fato de ela ter câmbio de 6 marchas, o que permite manter uma rotação menor em estrada, a velocidades acima de 100 km/h, deixando a moto mais econômica. Além disso, com a injeção eletrônica ligar a moto nos dias dias mais frios é menos trabalhoso.

Quanto as impressões ao pilotar a GSR 150i, achei a moto muito confortável, posição de pilotagem muito boa, permitindo apoiar bem as pernas no tanque, o guidão, que é um pouco mais baixo do que das outras 125, na minha opinião deixa até melhor a posição de pilotagem, a suspensão a gás é bem eficiente nos buracos e os freios são OK, não são excelentes, mas param a moto com segurança. Quanto ao torque, tendo em mente que trata-se de uma 150, achei suficiente, sai bem nos semáforos e tem bom torque para retomadas no âmbito urbano, a sexta marcha fica mesmo somente para uso em rodovias ou vias expressas, já que vale a pena passar a 6ª somente após os 70 ou 80 km/h, abaixo disso o giro fica muito baixo e ela perde torque.

Quanto ao consumo não pude tirar conclusões, mas é provavel que fique na média padrão de 34 a 37 km/l, que com um tanque de 14 litros se traduz em uma boa autonomia.

Gostei bastante da moto, uma excelente opção para o dia a dia, apesar de eu ainda considerar scooter mais prático no dia a dia.

Mais informações no site da SUZUKI

Até a próxima, 

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quinta-feira, 23 de junho de 2016

O que é Shimmy?

Já ouviu alguém reclamando que a moto está "shimando"? Eu já ouvi várias vezes e já senti a moto sofrer esse efeito, mas a final, o que é "shimmy"?

Shimmy é um efeito oscilatório da roda dianteira, que se sente em qualquer veículo em que a direção esteja apoiada em um único pivô de sustentação, como motos e bicicletas, por exemplo.


O que ocorre é que, mesmo a melhor roda e o melhor pneu, ainda tem uma pequena falha em sua fabricação, que faz com que o material não seja distribuído por igual e, por consequência, faça com que um ponto do pneu esteja mais pesado do que outro, quando isso ocorre dizemos que o pneu está desbalanceado, lógico que estamos falando de alguns gramas se diferença, normalmente corrigidas quando pedimos para balancear o pneu.

Nos carros, quando um pneu está desbalanceado, sentimos a direção trepidar quando atingimos determinada velocidade, normalmente acima dos 80 km/h; nas motos isso também ocorre, com a diferença de que, além de sentir a vibração no guidão, sentimos também uma oscilação, esse é o chamado shimmy.

As situações mais comuns em que percebemos esse shimmy é quando soltamos as mãos do guidão por alguns segundos, e também quando estamos em velocidade maior e soltamos o acelerador, deixando a moto reduzir naturalmente no freio motor. Lembre-se, nunca é recomendado andar sem as mãos no guidão, pois isso tira qualquer controle que você possa ter sobre a direção da moto e acionamento dos comandos de freio e embreagem, não faça isso se você não tem costume, se fizer, é por sua conta e risco.

Não é só o balanceamento ruim que pode ocasionar o shimmy, pneu mal calibrado, uma roda amassada, uma suspensão mal calibrada, ou mesmo uma caixa de direção com calos ou folgada podem gerar o mesmo efeito, portanto, se sua moto está "shimando", vale a pena conferir cada um desses pontos.

Caixa de direção com calos
 
Caixa de direção nova

Normalmente, percebemos o efeito Shimmy quando a moto já tem certa quilometragem rodada, próximo de 10.000 quilômetros, pois nessa condição os pneus já estão mais gastos, a caixa de direção já está mais "calejada", as rodas e pneus podem ter sofrido já alguma deformação por conta da buraqueira.

Mas como eliminar ou minimizar o shimmy?

A primeira coisa é ajustar o que é possível sem trocar peças, um balanceamento das rodas ajuda bastante, pois mesmo pneus desgastados, quando balanceados, tendem a causar menos vibração. Desmontar a caixa de direção para uma inspeção e lubrificação também ajuda, caso não hajam calos que comprometam a peça, uma boa lubrificação já ajuda a reduzir o efeito oscilatório.

Máquina para balancear rodas


Um paliativo que algumas pessoas fazem é aumentar o contrapeso do guidão, uma vez que o guidão está com mais peso, isso ajuda a controlar o shimmy.

 
Caso esses ajustes não sejam suficientes, aí é recomendado levar a moto em um mecânico de confiança, que possa avaliar o estado das rodas, rolamentos de roda, pneus e caixa de direção, para que possa identificar as peças que precisam ser trocadas.

Lembre sempre de manter sua motocicleta com a manutenção em dia, pois assim ela fica mais confiável e você pode pilotar com segurança e curtir ao máximo.

Até a próxima, 

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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Dafra Fidlle III - Lançamento Dafra

Definitivamente a Dafra investe cada dia mais no segmento de scooters, sejam eles de baixa ou média cilindrada, esse mês, depois de muita expectativa, finalmente a Dafra lançou no Brasil o Fiddle III, um scooter de baixa cc da fabricante SYM, a mesma que faz a Citycom e a MaxSym.




O fato de ser fabricado pela SYM já é motivo de confiança, pois os outros modelos desse fabricante, comercializados aqui no Brasil pela Dafra, como o Citycom 300i, MaxSym 400i e Next 250, têm feito sucesso entre nós, então a aposta no Fiddle parece algo certo, com um único porém, o preço, mas falaremos sobre esse ponto somente no final do post...

Estilo

Ao trazer o Fiddle III para o Brasil, a Dafra aposta naqueles que buscam comprar uma primeira moto, mas escolhem um modelo com estilo, um ar retrô para ser descolado nas ruas, e isso o Fiddle apresenta sem dúvidas. À primeira vista, o design do modelo lembra um pouco os scooters antigos, como a Vespa por exemplo, veja bem, lembra, não é igual.

O painel é quase 100% analógico, com hodômetro, velocímetro e marcados de combustível analógicos, e uma pequena tela digital, com relógio.


Os comandos são exatamente os mesmos utilizados na Burgman, então estima-se que sejam da mesma boa qualidade também. O que dá para notar na foto do painel é que não será possível desligar o farol do scooter, uma medida que tem se tornado comum na maioria das motos.

As cores também remetem aos modelos antigos, com pinturas em duas cores, a primeira opção Branco com Vermelho, e a segunda opção preto com dourado.

Tecnologia

Quem busca um scooter retrô mas com tecnologia empregada, não se contenta muito com o Fiddle III, ele traz alguns itens atuais, como Lanterna em LED, Tomada USB para carregar celular e freios à disco nas duas rodas, com sistema FH-CBS, mas sem ABS e ainda com sistema de alimentação com Carburador. Isso tudo não seria um problema se o preço estivesse na mesma faixa da Burgman da Suzuki, por exemplo, pois o Fiddle acaba sendo competitivo no quesito técnico, mas seu preço será compatível com PCX e N-Max, então o Carburador e falta de ABS são pontos a considerar.

Conforto e praticidade

Como se espera de todo scooter, o Fiddle III é equipado com câmbio CVT, portanto as pernas ficam livres de comandos e podem ser acomodadas atrás de um escudo frontal, contudo, o espaço para o piloto não é nada muito grande, é inclusive parecido com o espaço do Lead da Honda, por exemplo. Usei o Lead como exemplo, pois o Fiddle também tem uma única posição para as pernas, diferente do Burgman, que tem uma posição adicional na curva do escudo. Por conta desse "espaço reduzido", pilotos de maior estatura ficarão apertados no scooter.




Quando falamos em scooter, muitas vezes a primeira coisa a ser mencionada é o espaço sob o banco, e nesse quesito mais uma vez temos uma semelhança com a Burgman, o tanque de combustível da Fiddle é sob o assento, portanto o espaço sob o banco é muito similar ao da Burgman, não cabendo um capacete fechado, somente um tipo Jet, mas é o suficiente para levar pequenos objetos. O modelo não tem bagageiro de série, mas provavelmente serão desenvolvidos, ou adaptados, bagageiros compatíveis para instalação de bauletos.




As rodas são de 12 polegadas tanto na frente, quanto atrás, relativamente melhor do que na Burgman e Lead, com pneus Pirelli 110/70 na frente, e 120/70 atrás, desde que a suspensão seja bem calibrada, a tendência é que o Fiddle acabe se dando melhor nas imperfeições de nosso asfalto off-road do que os pequenos da Suzuki e Honda.



Motor

Sem muitos segredos ou tecnologia, o motor que equipa o Fiddle também é retrô, 124,6 cm³, 10,3 hp de potência, 8,6 Nm de torque, refrigerado a ar e óleo, alimentado por carburador e ignição CDI (Sem afogador, ao menos isso). O tanque de combustível é de 6,2 l, e a partida é elétrica, mas com opção de ser feita também pelo pedal.

Preço

Finalmente, o scooter em sí me agradou bastante, se viesse na faixa de 8 ou, no máximo, 9 mil Reais, até seria justificável e aceitável, principalmente pelo Freio à disco com FH-CBS, mas infelizmente a Dafra apostou alto e está pedindo R$ 11.390,00 pelo scooter, mais caro que a versão mais simples do PCX e no mesmo preço da Yamaha N-Max, que vem com freios ABS e faróis em LED. Apesar de ter gostado das características técnicas do scooter, o preço desanima, provavelmente será vendido exclusivamente para aqueles que buscam estilo retrô, sem levar em conta a tecnologia empregada.


Até a próxima,

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Cuidados ao pilotar no frio

Demorou mas chegou, as frentes frias vieram e baixaram a temperatura para abaixo de 10°C novamente, e para quem anda de moto isso significa se encher de blusas e outros equipamentos, mas será que estar agasalhado basta para andar de moto no frio?



Obviamente, é preciso estar bem agasalhado ao pilotar, afinal a sensação térmica quando estamos andando de moto chega a ser de até 10° abaixo da temperatura real, ou seja, pilotando a 12°C, a sensação térmica pode chegar a 2°C, então é importante se prevenir.

Se tratando do piloto, ter uma boa jaqueta, e estar com uma blusa corta-vento por baixo é essencial, assim como uma boa calça, grossa, que proteja do frio, calçados fechados e meias grossas também ajuda. As luvas de verão ganham espaço no guarda-roupas e dão lugar às luvas forradas, próprias para inverno, mas com relação a isso é preciso ter cuidados, que falaremos logo mais.

Assim como pilotar na chuva, pilotar no frio também exige cuidados, pois tanto piloto como motocicleta mudam bastante nessas situações, a pista então, essa é sempre sujeita a variações do clima, então vejamos alguns cuidados:

Luvas - Uma luva bem forrada de inverno é excelente para conter o frio que chega nas mãos, mas é preciso lembrar que dependemos do nosso tato para acionar os comandos da moto (farol, buzina, seta e, é claro, os manetes de embreagem e freio), portanto, procure uma luva de inverno própria para motocicletas, que vai te proteger do frio, mas ao mesmo tempo não vai reduzir tanto sua agilidade ao pilotar.
Jamais deixe de usar luvas no inverno, primeiro porque as luvas, em qualquer estação, te protegem de ferimentos mais sério e numa possível queda, e segundo porque, ao não utilizar as luvas, o frio direto nas mãos reduz sua sensibilidade e circulação nos dedos, isso pode fazer com que você não consiga acionar o freio com força, por exemplo, causando um acidente, portanto é bom se proteger.

Pista - Em geral, as manhãs de dias frios costumam ter névoa, que nada mais é do que gotículas de água suspensas no ar, no amanhecer é comum vermos o asfalto molhado e os carros com a chamada "serração", é preciso ter cuidado ao sair com a moto logo cedo, pois mesmo aparentando estar "quase seca", a pista pode estar meio escorregadia, então é bom ir mais na manhã, principalmente até os pneus esquentarem...

Pneus - Todos sabemos que, quando saímos com a moto de manhã, os pneus ainda estão frios, e que conforme andamos, eles vão esquentando e acabam por se tornar mais aderentes. No verão, com pneu e pista quentes, a aderência é a melhor possível, onde pista e pneu são uma dupla perfeita quando o assunto é frenagem de emergência, já no frio, com pista úmida e pneus frios, uma frenagem de emergência não será tão simples, portanto, melhor manter mais distância para não precisar acionar os freios com tanta força.

Motor - Assim como os pneus, o motor da moto também precisa de uma temperatura mínima para dar toda sua eficiência, nos primeiros minutos de funcionamento, sobretudo em motos com carburador, é comum a moto "engasgar" ou ficar "amarrada", onde o piloto precisa esticar mais as marchas, por exemplo. Mesmo motos com injeção eletrônica tem um comportamento diferenciado durante os primeiros minutos de funcionamento, por isso é interessante que nas primeiras quadras, você tenha em mente que a moto está mais "xoxa" esperando o motor esquentar para pilotar normalmente.

Capacete - Um bom capacete veda melhor o vento, isso quer dizer menos vento gelado entrando e atingindo seu rosto, fora isso, no frio existe uma tendência forte da viseira embaçar, se você é como eu e usa óculos então, o embaçamento é quase certo, nessas horas, há duas opções, a primeira é andar com uma frestinha da viseira aberta, o que vai acabar deixando no mínimo seu nariz gelado com o vento entrando, a segunda é ter um capacete com boa ventilação e aplicar um desembaçante de qualidade na viseira, e nos óculos para quem usa, ainda assim, quando parar no farol, é melhor abrir um pouco a viseira até andar novamente.

Por último, mas não menos importante, se sentir frio a ponto de tremer, tome cuidado e pare um pouco para tomar algo quente e se aquecer um pouco, principalmente para quem mora em locais mais gelados, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e pilota por trechos mais longos, existe grande chance de entrar em estado de hipotermia, quando as extremidades (braços e pernas) são "desligados" pelo cérebro para preservado o torax, e só percebe-se isso quando vai tentar usar os membros e eles não respondem, portanto se vai pilotar por longos trechos no frio, programe paradas constantes para se aquecer um pouco.

Espero que as dicas ajudem, bom frio pra vocês hehe.

Até a próxima,

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Pesquisar antes de comprar - Test drive em moto

Imagine só, você curte uma moto que viu na revista ou na internet, vai na concessionária, se apaixona a primeira vista pela moto e fecha o negócio, espera alguns dias e finalmente sai com ela todo feliz. Após alguns dias de uso, passa a perceber que a suspensão não é tão macia, ou que o banco é duro e te deixa com dores depois de duas horas pilotando, ou mesmo que a moto consome muito combustível, chato né?

Ao comprar qualquer tipo de veículo, é muito importante pesquisar antes, conhecer as características e, preferencialmente, experimentar, fazendo um test drive, test ride no caso de motos.

A primeira coisa a se pensar ao escolher a próxima moto, ou a primeira moto, pra quem está iniciando, é pensar em qual será o seu uso para a moto, veja meu caso por exemplo:

1 - Meu uso é diário, portanto preciso de um modelo que passa com tranquilidade nos corredores da cidade, nesse quesito já descartamos motos custom e speed (carenadas), pois elas não tem agilidade para andar por entre os carros;

2 - Além de usar no dia a dia, gosto também de passear nos finais de semana, pegando trechos de rodovias, como não tenho dinheiro para comprar duas motos, precisa ser uma que sirva para o uso diário, mas que tenha um pouco a mais de motor para estradas, nesse quesito descartamos também as motos abaixo de 250 cc;

3 - Pensando em uma moto para uso diário, não cabe ter uma moto com consumo alto, o ideal seria uma moto que faça ao menos 20 km/l na cidade, aqui já podemos descartar motos acima de 650 cc;

4 - Além de versátil, a moto precisa ser confortável, pois gosto de levar minha esposa na garupa, então precisa ter banco e suspensão bons para viagens e também para o dia a dia, portanto aqui descarto motos Naked, como MT-03, KTM Duke, Kawasaki Z300, entre outras;

5 - Moro em SP, e sabemos que, infelizmente, em SP não dá para ficar sossegado ao parar a moto na rua, pois o índice de roubo é bem alto, por isso o ideal é que seja um modelo menos visado, pois o seguro é mais barato, e caso não faça seguro, a chance de furto é menor, portanto já ficam de fora modelos esportivos em geral, e a maioria dos modelos street, como Fazer 250, CB 300R, Twister, XRE 300, entre outras;

6 - Até aqui eu já tinha em mente dois modelos que me chamavam mais a atenção, a Yamaha Teneré 250 e a Dafra Citycom 300i, pela versatilidade e praticidade (Câmbio automático, espaço sob o banco e o escudo que protege de poças d'água), acabei decidindo pela Dafra.

Ok, já havia decidido pelo modelo, mas aí veio a questão, eu tinha uma Teneré 250, com a qual já estava acostumado, será que eu curtiria o estilo scooter? A única chance de tomar uma decisão mais acertada era experimentá-la, e como a Dafra não tinha test ride disponível para este modelo, o jeito foi buscar nos classificados uma usada, marquei de ver a moto e aproveitei a oportunidade para experimentar, levei minha esposa junto para ver como a moto era com garupa. Andei na moto, gostei, achei confortável e a patroa também curtiu, mas na época a diferença de preço entre usada e zero não era exorbitante como hoje, por isso acabei fechando negócio na zero km mesmo.

Concluindo, sempre que for comprar uma moto nova, faça isso, pense no seu uso para a moto, escolhendo um modelo que você goste, mas que seja bom para o seu perfil e intenção com a moto. Sempre que possível, experimente, faça o test ride ou ao menos vá em uma concessionária para subir na moto e sentir como você fica nela. Assim as chances de tomar uma decisão errada reduzem.

Até a próxima,

O estilo de motos Crossover

Algumas vezes mencionei neste blog os diferentes estilos de moto, diferente dos carros, nas motos é mais comum sermos mais apaixonados por um estilo específico, e depois de ter experimentado diversos estilos, ultimamente minha paixão tem sido pelas crossovers, mas a final o que é uma moto crossover?

Voltando aos anos 80 & 90, onde basicamente os estilos de motos se restringiam a motos cross (off-road), motos street ou cafe racer, motos custom ou motos speed (carenadas), quando se pensava em conforto para viagens, as custom eram de cara a primeira escolha, com centro de gravidade mais baixo, posição de pilotagem mais relaxada, e bom espaço para piloto e garupa, elas eram as rainhas da estrada. Porém, para aqueles que precisavam de certa versatilidade, como por exemplo uma moto que servisse para o dia a dia e também para os finais de semana, o jeito era ter uma custom para viajar, e uma outra moto pequena para o dia a dia.

Com o passar dos anos, as montadoras, sempre buscando a moto perfeita para o cliente, atualizaram sua gama de modelos e passaram a "misturar" esses estilos, aumentando a possibilidade de escolha para o consumidor, nasceram então as trails, big trails, scooters e, por fim, as crossovers, vamos ver cada uma delas.

As motos trail reúnem características herdadas do off-road, mas misturam características de rua, para que possam ser utilizadas também no dia a dia, essa "mistura" faz muito sucesso no Brasil, pois em geral são motos se suspensão mais alta, com rodas maiores e um banco relativamente confortável, boas para os nossos asfaltos "off-road" em São Paulo, por exemplo. A exemplo desse estilo temos a Yamahas Teneré 250 & Crosser 150, Hondas XRE 300 & Bros 160.

As big trails, como o próprio nome sugere, trazem as mesmas características das trails, mas em motos de maior cilindrada, como as BMW F800GS & G650GS, Triumph Tiger XC, Yamaha XT 660. Devido aos pneus de uso misto, e rodas geralmente raiadas e maiores, esses modelos podem ser utilizados em uso off-road, mas sem muita aventura, pois são pesadas e não é recomendável saltar com elas, mas uma viagem no Atacama, por exemplo, elas encaram bem.

Já as crossovers, é na verdade um estilo big trail, mas com certas modificações para trazer mais conforto em viagens longas, elas continuam tendo a suspensão mais alta e posição de pilotagem mais agressiva, mas trazem bancos mais largos e confortáveis, rodas menores, de 16 ou 17 polegadas, bolha frontal, para desviar o vento, e pneus de asfalto, e não de uso misto como nas big trails. A exemplo desses modelos temos a Kawasaki Versys 650, Suzuki Vstrom 650, Honda NC700X, Honda CB 500X, Ducati multistrada, Yamaha, MT-09 Tracer, entre outras.

Na verdade as crossovers, na minha opinião, acabaram reunindo todas as características positivas de diversos estilos, para tornar a moto versátil, a ponto de você poder utilizá-la no dia a dia, e também nas viagens, com conforto e agilidade. Elas reúnem a suspensão alta das trails, a agilidade das street, o conforto das custom e ainda o motor esperto das motos esportivas, em geral trabalhados para mais torque do que velocidade.

E você, qual o estilo que você mais gosta?

Até a próxima,

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Dá pra começar com moto grande?

Escolher a primeira moto não é nada fácil, são muitos os modelos e características a serem pensados, entre elas o tamanho e cilindrada desejada.

Quando tirei a habilitação e decidi comprar minha primeira moto, logo de cara decidi que iria comprar uma 125 cc, para poder "pegar as manhas" antes de partir para uma moto maior, mas será que esse é o único caminho?

Levando em consideração que as autoescolas só ensinam o aluno a passar no exame, o aprendizado é concluído nas ruas, em cima da moto, por isso é muito comum nos primeiros passeios cometermos uma série de erros, pequenos ou grandes, que vão servir de aprendizado para que nos tornemos motociclistas experientes. Para alguns esse caminho é mais tranquilo, já para outros o aprendizado na prática pode ser torturante.

Alguns dos erros mais comuns aos que aprenderam a conduzir uma motocicleta recentemente são:
- Perda de equilíbrio nas curvas;
- Deixar a moto "morrer" ao sair (motos de câmbio manual);
- Acelerar demais ao sair;
- Frear bruscamente com o freio dianteiro;
- Frear apenas com o freio traseiro, por medo de derrapar;
- Se atrapalhar com as marchas (no caso de motos com câmbio manual).

Vejamos alguns pontos:

Embreagem

O primeiro assunto é sobre embreagem, pois este é o item mais complicado de lidar no começo, em motos convencionais, com alavanca de embreagem, é comum deixar a moto morrer ou acelerada demais ao sair, pelo menos até adquirir a sensibilidade correta para controlar o manete de embreagem, deixar a moto morrer, apesar de frustrante, é o mais tranquilo dos erros, já deixar a moto acelerada demais ao sair, pode ocasionar acidentes sérios.

Esse, na minha opinião, é o principal motivo pelo qual eu recomendo começar por uma moto mais fraca, de 125 cc, principalmente se você ainda não se adaptou bem às motos manuais, pois numa 125 cc, com baixa potência, sair mais acelerado não vai dar um tranco tão grande como em uma 600 cc, por exemplo.

Já em scooters, esse problema não existe, pois o câmbio é automático, bastando acelerar para sair, claro que é preciso levar em consideração que scooters mais fortes tem arrancada mais rápida, mas para isso basta acelerar gradualmente, de forma suave, dessa forma não se toma susto.

Apesar de mais "simples", não recomendo começar a pilotar com scooters, pois é bom aprender a dominar a embreagem, caso contrário você ficará "escravo" dos câmbios automáticos até tomar coragem e aprender a conduzir uma moto manual.

Peso

Fora a embreagem, o que mais dificulta a vida de novos motociclistas é questão do peso das motocicletas, principalmente ao fazer curvas, pois quando deitamos demais a moto em baixa velocidade, a tendência dela é cair, e nesse caso só há duas formas de evitar a queda, a primeira, que raramente motociclistas iniciantes fazem, é acelerar a moto para que ela se reerga e estabilize, a segunda, que a maioria dos motociclistas iniciantes fazem, é apoiar o pé no chão e tentar segurar a motocicleta no braço, ao fazer isso com uma moto de 125cc, uma CG ou Burgman 125, por exemplo, é tranquilo, já ao fazer isso com uma Teneré 250 ou Citycom 300, já fica mais complicado.

Para os que desejam começar com uma moto 250 cc ou maior, é preciso levar isso em consideração, o quanto você sabe lidar com o equilíbrio em baixas velocidades.

Freios

Aqui temos duas situações, motociclistas recém habilitados que não usam o freio dianteiro por medo de travar a roda e cair, e motociclistas que usam o freio dianteiro e apertam com muita força ou que aceleram enquanto freiam. Levando em consideração os modelos mais simples até 300 cc, sem freios ABS, temos o seguinte:

A maioria das motos de 125 cc, tem freios mais fracos, geralmente à disco simples de um ou dois pistões na frente e freios à tambor atrás, sendo que os freios à disco normalmente são "borrachudos", ou seja, os dutos de freio não são cobertos por malha de metal (aeroquip), por isso dão menos pressão na pinça e resultam numa freada menos forte.

Quem utiliza somente o freio traseiro, tem freada até 3 vezes menos eficiente do que quem utiliza o dianteiro, ou os dois em conjunto, sem contar que pode acabar derrapando a moto, perdendo a traseira e consequentemente caindo. Já quem utiliza o freio da frente com muita força pode acabar perdendo a frente da moto numa derrapada, e quem acelera enquanto usa o freio da frente pode aumentar significativamente a distância de frenagem.

Levando em consideração motos sem ABS nos freios, é menos impactante cometer esse tipo de erro em motos mais fracas do que em motos maiores, e sim, existem motos grandes sem freios ABS, como por exemplo Yamaha Teneré 660 e Kawasaki Vulcan 650 S, portanto é preciso levar isso também em consideração.

Já em motos com sistema ABS, hoje disponíveis inclusive em modelos de baixa cc, como a Yamaha NMax 160, esses erros podem ser mais toleráveis, já que as rodas não irão travar ao acionar os freios.

Uma boa solução adotada por algumas marcar foi o desenvolvimento dos freios combinados (CBS), que dividem a força da frenagem também na roda da frente ao acionar somente o freio traseiro, evitando assim que as rodas travem com facilidade, esse sistema já está disponível hoje nas Honda Lead, PCX e CG, Dafra Citycom e Cityclass, por exemplo.

Levando em consideração esses pontos, minha sugestão final é:

Nada impede que você comece com uma moto de 250 ou mais cilindradas, não é impossível começar com uma 600, eu mesmo conheci pessoas que fizeram isso, mas é preciso ter em mente que qualquer erro mencionado acima, numa 600 cc vai ter mais impacto do que em uma moto menor e mais leve, portanto, no final das contas, vai depender muito mais do quão bem você está dominando o equilíbrio, embreagem e freios, do que o tamanho ou potência da moto em sí, se você ainda perde o equilíbrio ou se atrapalha ao sair com a moto, sugiro que comece em uma 125, mas se você conseguiu dominar bem a moto da autoescola nas curvas e nas saídas, nada impede de comprar uma moto maior e ir aprendendo dia a dia com ela.

Espero ter ajudado, até a próxima.

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