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quinta-feira, 23 de junho de 2016

O que é Shimmy?

Já ouviu alguém reclamando que a moto está "shimando"? Eu já ouvi várias vezes e já senti a moto sofrer esse efeito, mas a final, o que é "shimmy"?

Shimmy é um efeito oscilatório da roda dianteira, que se sente em qualquer veículo em que a direção esteja apoiada em um único pivô de sustentação, como motos e bicicletas, por exemplo.


O que ocorre é que, mesmo a melhor roda e o melhor pneu, ainda tem uma pequena falha em sua fabricação, que faz com que o material não seja distribuído por igual e, por consequência, faça com que um ponto do pneu esteja mais pesado do que outro, quando isso ocorre dizemos que o pneu está desbalanceado, lógico que estamos falando de alguns gramas se diferença, normalmente corrigidas quando pedimos para balancear o pneu.

Nos carros, quando um pneu está desbalanceado, sentimos a direção trepidar quando atingimos determinada velocidade, normalmente acima dos 80 km/h; nas motos isso também ocorre, com a diferença de que, além de sentir a vibração no guidão, sentimos também uma oscilação, esse é o chamado shimmy.

As situações mais comuns em que percebemos esse shimmy é quando soltamos as mãos do guidão por alguns segundos, e também quando estamos em velocidade maior e soltamos o acelerador, deixando a moto reduzir naturalmente no freio motor. Lembre-se, nunca é recomendado andar sem as mãos no guidão, pois isso tira qualquer controle que você possa ter sobre a direção da moto e acionamento dos comandos de freio e embreagem, não faça isso se você não tem costume, se fizer, é por sua conta e risco.

Não é só o balanceamento ruim que pode ocasionar o shimmy, pneu mal calibrado, uma roda amassada, uma suspensão mal calibrada, ou mesmo uma caixa de direção com calos ou folgada podem gerar o mesmo efeito, portanto, se sua moto está "shimando", vale a pena conferir cada um desses pontos.

Caixa de direção com calos
 
Caixa de direção nova

Normalmente, percebemos o efeito Shimmy quando a moto já tem certa quilometragem rodada, próximo de 10.000 quilômetros, pois nessa condição os pneus já estão mais gastos, a caixa de direção já está mais "calejada", as rodas e pneus podem ter sofrido já alguma deformação por conta da buraqueira.

Mas como eliminar ou minimizar o shimmy?

A primeira coisa é ajustar o que é possível sem trocar peças, um balanceamento das rodas ajuda bastante, pois mesmo pneus desgastados, quando balanceados, tendem a causar menos vibração. Desmontar a caixa de direção para uma inspeção e lubrificação também ajuda, caso não hajam calos que comprometam a peça, uma boa lubrificação já ajuda a reduzir o efeito oscilatório.

Máquina para balancear rodas


Um paliativo que algumas pessoas fazem é aumentar o contrapeso do guidão, uma vez que o guidão está com mais peso, isso ajuda a controlar o shimmy.

 
Caso esses ajustes não sejam suficientes, aí é recomendado levar a moto em um mecânico de confiança, que possa avaliar o estado das rodas, rolamentos de roda, pneus e caixa de direção, para que possa identificar as peças que precisam ser trocadas.

Lembre sempre de manter sua motocicleta com a manutenção em dia, pois assim ela fica mais confiável e você pode pilotar com segurança e curtir ao máximo.

Até a próxima, 

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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Dafra Fidlle III - Lançamento Dafra

Definitivamente a Dafra investe cada dia mais no segmento de scooters, sejam eles de baixa ou média cilindrada, esse mês, depois de muita expectativa, finalmente a Dafra lançou no Brasil o Fiddle III, um scooter de baixa cc da fabricante SYM, a mesma que faz a Citycom e a MaxSym.




O fato de ser fabricado pela SYM já é motivo de confiança, pois os outros modelos desse fabricante, comercializados aqui no Brasil pela Dafra, como o Citycom 300i, MaxSym 400i e Next 250, têm feito sucesso entre nós, então a aposta no Fiddle parece algo certo, com um único porém, o preço, mas falaremos sobre esse ponto somente no final do post...

Estilo

Ao trazer o Fiddle III para o Brasil, a Dafra aposta naqueles que buscam comprar uma primeira moto, mas escolhem um modelo com estilo, um ar retrô para ser descolado nas ruas, e isso o Fiddle apresenta sem dúvidas. À primeira vista, o design do modelo lembra um pouco os scooters antigos, como a Vespa por exemplo, veja bem, lembra, não é igual.

O painel é quase 100% analógico, com hodômetro, velocímetro e marcados de combustível analógicos, e uma pequena tela digital, com relógio.


Os comandos são exatamente os mesmos utilizados na Burgman, então estima-se que sejam da mesma boa qualidade também. O que dá para notar na foto do painel é que não será possível desligar o farol do scooter, uma medida que tem se tornado comum na maioria das motos.

As cores também remetem aos modelos antigos, com pinturas em duas cores, a primeira opção Branco com Vermelho, e a segunda opção preto com dourado.

Tecnologia

Quem busca um scooter retrô mas com tecnologia empregada, não se contenta muito com o Fiddle III, ele traz alguns itens atuais, como Lanterna em LED, Tomada USB para carregar celular e freios à disco nas duas rodas, com sistema FH-CBS, mas sem ABS e ainda com sistema de alimentação com Carburador. Isso tudo não seria um problema se o preço estivesse na mesma faixa da Burgman da Suzuki, por exemplo, pois o Fiddle acaba sendo competitivo no quesito técnico, mas seu preço será compatível com PCX e N-Max, então o Carburador e falta de ABS são pontos a considerar.

Conforto e praticidade

Como se espera de todo scooter, o Fiddle III é equipado com câmbio CVT, portanto as pernas ficam livres de comandos e podem ser acomodadas atrás de um escudo frontal, contudo, o espaço para o piloto não é nada muito grande, é inclusive parecido com o espaço do Lead da Honda, por exemplo. Usei o Lead como exemplo, pois o Fiddle também tem uma única posição para as pernas, diferente do Burgman, que tem uma posição adicional na curva do escudo. Por conta desse "espaço reduzido", pilotos de maior estatura ficarão apertados no scooter.




Quando falamos em scooter, muitas vezes a primeira coisa a ser mencionada é o espaço sob o banco, e nesse quesito mais uma vez temos uma semelhança com a Burgman, o tanque de combustível da Fiddle é sob o assento, portanto o espaço sob o banco é muito similar ao da Burgman, não cabendo um capacete fechado, somente um tipo Jet, mas é o suficiente para levar pequenos objetos. O modelo não tem bagageiro de série, mas provavelmente serão desenvolvidos, ou adaptados, bagageiros compatíveis para instalação de bauletos.




As rodas são de 12 polegadas tanto na frente, quanto atrás, relativamente melhor do que na Burgman e Lead, com pneus Pirelli 110/70 na frente, e 120/70 atrás, desde que a suspensão seja bem calibrada, a tendência é que o Fiddle acabe se dando melhor nas imperfeições de nosso asfalto off-road do que os pequenos da Suzuki e Honda.



Motor

Sem muitos segredos ou tecnologia, o motor que equipa o Fiddle também é retrô, 124,6 cm³, 10,3 hp de potência, 8,6 Nm de torque, refrigerado a ar e óleo, alimentado por carburador e ignição CDI (Sem afogador, ao menos isso). O tanque de combustível é de 6,2 l, e a partida é elétrica, mas com opção de ser feita também pelo pedal.

Preço

Finalmente, o scooter em sí me agradou bastante, se viesse na faixa de 8 ou, no máximo, 9 mil Reais, até seria justificável e aceitável, principalmente pelo Freio à disco com FH-CBS, mas infelizmente a Dafra apostou alto e está pedindo R$ 11.390,00 pelo scooter, mais caro que a versão mais simples do PCX e no mesmo preço da Yamaha N-Max, que vem com freios ABS e faróis em LED. Apesar de ter gostado das características técnicas do scooter, o preço desanima, provavelmente será vendido exclusivamente para aqueles que buscam estilo retrô, sem levar em conta a tecnologia empregada.


Até a próxima,

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Cuidados ao pilotar no frio

Demorou mas chegou, as frentes frias vieram e baixaram a temperatura para abaixo de 10°C novamente, e para quem anda de moto isso significa se encher de blusas e outros equipamentos, mas será que estar agasalhado basta para andar de moto no frio?



Obviamente, é preciso estar bem agasalhado ao pilotar, afinal a sensação térmica quando estamos andando de moto chega a ser de até 10° abaixo da temperatura real, ou seja, pilotando a 12°C, a sensação térmica pode chegar a 2°C, então é importante se prevenir.

Se tratando do piloto, ter uma boa jaqueta, e estar com uma blusa corta-vento por baixo é essencial, assim como uma boa calça, grossa, que proteja do frio, calçados fechados e meias grossas também ajuda. As luvas de verão ganham espaço no guarda-roupas e dão lugar às luvas forradas, próprias para inverno, mas com relação a isso é preciso ter cuidados, que falaremos logo mais.

Assim como pilotar na chuva, pilotar no frio também exige cuidados, pois tanto piloto como motocicleta mudam bastante nessas situações, a pista então, essa é sempre sujeita a variações do clima, então vejamos alguns cuidados:

Luvas - Uma luva bem forrada de inverno é excelente para conter o frio que chega nas mãos, mas é preciso lembrar que dependemos do nosso tato para acionar os comandos da moto (farol, buzina, seta e, é claro, os manetes de embreagem e freio), portanto, procure uma luva de inverno própria para motocicletas, que vai te proteger do frio, mas ao mesmo tempo não vai reduzir tanto sua agilidade ao pilotar.
Jamais deixe de usar luvas no inverno, primeiro porque as luvas, em qualquer estação, te protegem de ferimentos mais sério e numa possível queda, e segundo porque, ao não utilizar as luvas, o frio direto nas mãos reduz sua sensibilidade e circulação nos dedos, isso pode fazer com que você não consiga acionar o freio com força, por exemplo, causando um acidente, portanto é bom se proteger.

Pista - Em geral, as manhãs de dias frios costumam ter névoa, que nada mais é do que gotículas de água suspensas no ar, no amanhecer é comum vermos o asfalto molhado e os carros com a chamada "serração", é preciso ter cuidado ao sair com a moto logo cedo, pois mesmo aparentando estar "quase seca", a pista pode estar meio escorregadia, então é bom ir mais na manhã, principalmente até os pneus esquentarem...

Pneus - Todos sabemos que, quando saímos com a moto de manhã, os pneus ainda estão frios, e que conforme andamos, eles vão esquentando e acabam por se tornar mais aderentes. No verão, com pneu e pista quentes, a aderência é a melhor possível, onde pista e pneu são uma dupla perfeita quando o assunto é frenagem de emergência, já no frio, com pista úmida e pneus frios, uma frenagem de emergência não será tão simples, portanto, melhor manter mais distância para não precisar acionar os freios com tanta força.

Motor - Assim como os pneus, o motor da moto também precisa de uma temperatura mínima para dar toda sua eficiência, nos primeiros minutos de funcionamento, sobretudo em motos com carburador, é comum a moto "engasgar" ou ficar "amarrada", onde o piloto precisa esticar mais as marchas, por exemplo. Mesmo motos com injeção eletrônica tem um comportamento diferenciado durante os primeiros minutos de funcionamento, por isso é interessante que nas primeiras quadras, você tenha em mente que a moto está mais "xoxa" esperando o motor esquentar para pilotar normalmente.

Capacete - Um bom capacete veda melhor o vento, isso quer dizer menos vento gelado entrando e atingindo seu rosto, fora isso, no frio existe uma tendência forte da viseira embaçar, se você é como eu e usa óculos então, o embaçamento é quase certo, nessas horas, há duas opções, a primeira é andar com uma frestinha da viseira aberta, o que vai acabar deixando no mínimo seu nariz gelado com o vento entrando, a segunda é ter um capacete com boa ventilação e aplicar um desembaçante de qualidade na viseira, e nos óculos para quem usa, ainda assim, quando parar no farol, é melhor abrir um pouco a viseira até andar novamente.

Por último, mas não menos importante, se sentir frio a ponto de tremer, tome cuidado e pare um pouco para tomar algo quente e se aquecer um pouco, principalmente para quem mora em locais mais gelados, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e pilota por trechos mais longos, existe grande chance de entrar em estado de hipotermia, quando as extremidades (braços e pernas) são "desligados" pelo cérebro para preservado o torax, e só percebe-se isso quando vai tentar usar os membros e eles não respondem, portanto se vai pilotar por longos trechos no frio, programe paradas constantes para se aquecer um pouco.

Espero que as dicas ajudem, bom frio pra vocês hehe.

Até a próxima,

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Pesquisar antes de comprar - Test drive em moto

Imagine só, você curte uma moto que viu na revista ou na internet, vai na concessionária, se apaixona a primeira vista pela moto e fecha o negócio, espera alguns dias e finalmente sai com ela todo feliz. Após alguns dias de uso, passa a perceber que a suspensão não é tão macia, ou que o banco é duro e te deixa com dores depois de duas horas pilotando, ou mesmo que a moto consome muito combustível, chato né?

Ao comprar qualquer tipo de veículo, é muito importante pesquisar antes, conhecer as características e, preferencialmente, experimentar, fazendo um test drive, test ride no caso de motos.

A primeira coisa a se pensar ao escolher a próxima moto, ou a primeira moto, pra quem está iniciando, é pensar em qual será o seu uso para a moto, veja meu caso por exemplo:

1 - Meu uso é diário, portanto preciso de um modelo que passa com tranquilidade nos corredores da cidade, nesse quesito já descartamos motos custom e speed (carenadas), pois elas não tem agilidade para andar por entre os carros;

2 - Além de usar no dia a dia, gosto também de passear nos finais de semana, pegando trechos de rodovias, como não tenho dinheiro para comprar duas motos, precisa ser uma que sirva para o uso diário, mas que tenha um pouco a mais de motor para estradas, nesse quesito descartamos também as motos abaixo de 250 cc;

3 - Pensando em uma moto para uso diário, não cabe ter uma moto com consumo alto, o ideal seria uma moto que faça ao menos 20 km/l na cidade, aqui já podemos descartar motos acima de 650 cc;

4 - Além de versátil, a moto precisa ser confortável, pois gosto de levar minha esposa na garupa, então precisa ter banco e suspensão bons para viagens e também para o dia a dia, portanto aqui descarto motos Naked, como MT-03, KTM Duke, Kawasaki Z300, entre outras;

5 - Moro em SP, e sabemos que, infelizmente, em SP não dá para ficar sossegado ao parar a moto na rua, pois o índice de roubo é bem alto, por isso o ideal é que seja um modelo menos visado, pois o seguro é mais barato, e caso não faça seguro, a chance de furto é menor, portanto já ficam de fora modelos esportivos em geral, e a maioria dos modelos street, como Fazer 250, CB 300R, Twister, XRE 300, entre outras;

6 - Até aqui eu já tinha em mente dois modelos que me chamavam mais a atenção, a Yamaha Teneré 250 e a Dafra Citycom 300i, pela versatilidade e praticidade (Câmbio automático, espaço sob o banco e o escudo que protege de poças d'água), acabei decidindo pela Dafra.

Ok, já havia decidido pelo modelo, mas aí veio a questão, eu tinha uma Teneré 250, com a qual já estava acostumado, será que eu curtiria o estilo scooter? A única chance de tomar uma decisão mais acertada era experimentá-la, e como a Dafra não tinha test ride disponível para este modelo, o jeito foi buscar nos classificados uma usada, marquei de ver a moto e aproveitei a oportunidade para experimentar, levei minha esposa junto para ver como a moto era com garupa. Andei na moto, gostei, achei confortável e a patroa também curtiu, mas na época a diferença de preço entre usada e zero não era exorbitante como hoje, por isso acabei fechando negócio na zero km mesmo.

Concluindo, sempre que for comprar uma moto nova, faça isso, pense no seu uso para a moto, escolhendo um modelo que você goste, mas que seja bom para o seu perfil e intenção com a moto. Sempre que possível, experimente, faça o test ride ou ao menos vá em uma concessionária para subir na moto e sentir como você fica nela. Assim as chances de tomar uma decisão errada reduzem.

Até a próxima,

O estilo de motos Crossover

Algumas vezes mencionei neste blog os diferentes estilos de moto, diferente dos carros, nas motos é mais comum sermos mais apaixonados por um estilo específico, e depois de ter experimentado diversos estilos, ultimamente minha paixão tem sido pelas crossovers, mas a final o que é uma moto crossover?

Voltando aos anos 80 & 90, onde basicamente os estilos de motos se restringiam a motos cross (off-road), motos street ou cafe racer, motos custom ou motos speed (carenadas), quando se pensava em conforto para viagens, as custom eram de cara a primeira escolha, com centro de gravidade mais baixo, posição de pilotagem mais relaxada, e bom espaço para piloto e garupa, elas eram as rainhas da estrada. Porém, para aqueles que precisavam de certa versatilidade, como por exemplo uma moto que servisse para o dia a dia e também para os finais de semana, o jeito era ter uma custom para viajar, e uma outra moto pequena para o dia a dia.

Com o passar dos anos, as montadoras, sempre buscando a moto perfeita para o cliente, atualizaram sua gama de modelos e passaram a "misturar" esses estilos, aumentando a possibilidade de escolha para o consumidor, nasceram então as trails, big trails, scooters e, por fim, as crossovers, vamos ver cada uma delas.

As motos trail reúnem características herdadas do off-road, mas misturam características de rua, para que possam ser utilizadas também no dia a dia, essa "mistura" faz muito sucesso no Brasil, pois em geral são motos se suspensão mais alta, com rodas maiores e um banco relativamente confortável, boas para os nossos asfaltos "off-road" em São Paulo, por exemplo. A exemplo desse estilo temos a Yamahas Teneré 250 & Crosser 150, Hondas XRE 300 & Bros 160.

As big trails, como o próprio nome sugere, trazem as mesmas características das trails, mas em motos de maior cilindrada, como as BMW F800GS & G650GS, Triumph Tiger XC, Yamaha XT 660. Devido aos pneus de uso misto, e rodas geralmente raiadas e maiores, esses modelos podem ser utilizados em uso off-road, mas sem muita aventura, pois são pesadas e não é recomendável saltar com elas, mas uma viagem no Atacama, por exemplo, elas encaram bem.

Já as crossovers, é na verdade um estilo big trail, mas com certas modificações para trazer mais conforto em viagens longas, elas continuam tendo a suspensão mais alta e posição de pilotagem mais agressiva, mas trazem bancos mais largos e confortáveis, rodas menores, de 16 ou 17 polegadas, bolha frontal, para desviar o vento, e pneus de asfalto, e não de uso misto como nas big trails. A exemplo desses modelos temos a Kawasaki Versys 650, Suzuki Vstrom 650, Honda NC700X, Honda CB 500X, Ducati multistrada, Yamaha, MT-09 Tracer, entre outras.

Na verdade as crossovers, na minha opinião, acabaram reunindo todas as características positivas de diversos estilos, para tornar a moto versátil, a ponto de você poder utilizá-la no dia a dia, e também nas viagens, com conforto e agilidade. Elas reúnem a suspensão alta das trails, a agilidade das street, o conforto das custom e ainda o motor esperto das motos esportivas, em geral trabalhados para mais torque do que velocidade.

E você, qual o estilo que você mais gosta?

Até a próxima,

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