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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Honda SH 300 i - Lançamento de scooters 2016

Cada vez mais populares entre aqueles que usam motocicletas no dia a dia, os scooters vem ganhando espaço a cada dia, mesmo em época de crise o mercado de scooters tem tido altas superiores as de motocicletas convencionais. Vendo suas concorrentes "secundárias" ganhar cada vez mais espaço no mercado, Honda e Yamaha planejam lançamentos de scooters para 2016, a Yamaha com a Nmax 160 e a Honda com o seu scooter médio, o SH 300i.




Atualmente, o único scooter médio (até 300cc) do mercado é o Citycom 300i, comercializado no Brasil pela Dafra, sendo por muitos anos a única opção para aqueles que vem dos scooters pequenos de até 150 cc, que querem um modelo mais forte, mas sem sair dos scooters. Nesse último ano, a Dafra lançou mais uma opção, o Cityclass 200i, que também serve para este "up", mas ainda é uma opção mais urbana, diferente do Citycom, que encara rodovias com facilidade.

Após 5 anos sem concorrência, a Honda trará para o Brasil em 2016 o modelo SH 300i, que terá a missão de fazer frente com o modelo já consagrado da Dafra, o scooter da Honda foi exposto no Salão duas Rodas 2015, e estava disponível para test drive, e eu é claro, não podia deixar de dar uma volta nele, mas chega de história e vamos as impressões e novidades.

Novidades

O SH 300i, assim como o Citycom, é 300 só no nome, a Citycom tem um motor de 269 cc,  com potência de 23 cv, o SH300 tem um motor de 279 cc, com 25 cv de potência, ou seja, os motores são bem equivalentes, ambos possuem refrigeração líquida e freios à disco nas duas rodas, mas aí começam as novidades...

O SH 300 virá de série equipado com freios C-ABS, ou seja, freios com sistema ABS e combinados, acionando o manete do freio traseiro, a força de frenagem é automaticamente dividida entre as duas rodas, e o sistema ABS impede o travamento das rodas em caso de frenagem de emergência, algo interessante para um veículo de 300 cc que certamente chegará a 120 km/h, velocidade da maior parte das rodovias.

Logo ao sentar no scooter ví outra novidade, o sistema "smart key", inspirado nos automóveis de luxo, o SH 300i não terá chave, mas sim um botão para acionamento da motocicleta, um chaveiro que funciona como sensor de presença permitira acionar o motor, desde que esteja a uma distância de até 2 metros do scooter, o sensor poderá andar no porta luvas ou junto com o piloto.

Para completar o conjunto de novidades, mais uma inspiração do mundo automotivo, o scooter é equipado com LEDs no escudo frontal, que ficam acesos assim que o scooter é ligado, tornando o design um pouco mais moderno, as lanternas do scooter seguem a tendência e também são em LED.

Impressões sobre o scooter

Design

Se a Honda veio com força na tecnologia, pecou em design, não que a moto seja feia, não é, mas seu design é muito parecido com outros modelos da marca, a impressão que tive ao vê-la na primeira vez foi de ver uma Biz com 300 cc e câmbio CVT, pois tanto o farol quanto o escudo lembram muito a CUB de 125 cc. Tirando isso, a parte traseira sim chama a atenção, as lanternas em LED são muito bonitas.



Bolha

Este merece um comentário a parte, o modelo disponível para test-ride estava equipado com a bolha, muito grande por sinal, a bolha é mais alta do que a da Citycom, é um para-brisa mesmo, a visão fica abaixo da bolha, o que acaba distorcendo um pouco a visão por conta da curvatura. Segundo o vendedor da Honda, essa bolha provavelmente será modificada, e provavelmente será vendida como acessório, pois o modelo de série deve vir sem ela (mania brasileira de depenar o veículo e ganhar dinheiro com acessórios).

Espaço para carga

O scooter, como de praxe, terá espaço sob o assento, mas este é pequeno, pois o tanque de combustível fica debaixo do banco, reduzindo o espaço para carga, o vendedor da Honda disse que cabe um capacete fechado, mas não acreditei, meu capacete, que é articulado, não caberia, talvez um capacete pequeno sim, ou então um daqueles tipo jet. Se o espaço sob o assento desanima, por outro lado o Scooter virá com bagageiro, que permite a colocação de um bauleto, além disso o assoalho é plano, permitindo levar alguma coisa por entre as pernas.

Posição de pilotagem

Aqui há ponto positivo e ponto negativo, o positivo é que o banco é macio, tão confortável quanto o da Citycom, para o piloto, já o garupa terá menos espaço, principalmente se for instalado bauleto, pois o espaço para garupa é menor do que o da Citycom. Já quanto a posição ao sentar no scooter, eu que tenho 1,82 m de altura sofri com duas coisas, a primeira, meu pé não coube na plataforma, tive que ficar com a ponta do pé para fora (ou com as pontas dos pés viradas para dentro), e olha que calço 43, já as pernas até couberam no espaço atrás do escudo, mas ficaram praticamente encostadas no porta luvas, nas curvas meu joelho batia constantemente no escudo, pelo jeito o scooter será mais confortável para mulheres e homens com estatura mais baixa. Para as mulheres um ponto bem positivo, como banco é mais fino, pessoas com estatura mais baixa conseguem colocar os pés no chão com facilidade, minha esposa também fez o test-ride e comentou que com a moto parada era mais fácil de segurar do que a Citycom.



Pilotagem

Ao pilotar o scooter, senti que a força e arrancada são bem parecidos com a Citycom, ela é um pouco mais leve, ao menos essa foi a impressão, o que facilita em manobras para estacionar, por outro lado senti ela menos estável em curvas, apesar de não ter como ter uma opinião precisa, já que o percurso do test-ride é em baixa velocidade, os freios são fortes e respondem bem, o ABS atua sem trepidações exageradas, e o scooter para rapidamente, o painel tem todas as informações que a City tem, com exceção do conta-giros, que não é relevante na minha opinião, já que o câmbio é automático, e as informações são facilmente visualizadas durante a pilotagem.



Conclusões

No geral é um bom scooter, com tecnologia, mas que peca em alguns aspectos, como posição de pilotagem e espaço para carga, no final cada um terá que pesar os prós e contras e formar uma opinião entre ele e a Citycom, eu particularmente ainda prefiro a minha City, pois a posição me permite pilotar com conforto e o espaço sob o banco é crucial para o meu dia a dia. O Scooter será vendido por volta de R$ 21.000,00, achei o preço bem salgado, mesmo o scooter da Dafra custando hoje cerca de R$ 17.000,00 (o que também acho um absurdo!), acho que é uma grande diferença. Com esse valor eu consideraria sair de scooter e migrar para uma moto na faixa de 300 a 500 cc.

E aí, qual a sua opinião?
Até a próxima,

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Salão das duas rodas 2015

O salão das duas rodas começou ontem, foi a segunda vez que fui no evento, a primeira vez havia sido em 2011, quando tinha acabado de tirar a carta, mas ontem no SDR 2015 foi a primeira vez que pude realmente aproveitar tudo o que o evento tem a oferecer.

Além do salão em sí, com as marcas expondo seus lançamentos, foi possível também fazer o test ride de algumas motos, eu por exemplo consegui testar a nova scooter da Honda, a SH-300, a Yamaha R3, a KTM Duke 200 e a Triumph Tiger 800, essa última a que mais gostei, posteriormente farei post sobre cada uma delas aqui no blog com as impressões que tive ao pilotá-las.



Quanto aos lançamentos, esse foi um ano de grandes novidades, cada marca com uma bela máquina para entrar no mercado das duas rodas, alguns destaques são:

Dafra Horizon 150

A Dafra está trazendo para o Brasil uma nova custom de entrada, a Horizon 150, uma moto muito bonita, para quem gosta do estilo custom, guidão alto e curvado, velocímetro com mostrador único e indicador de marcha, comandos avançados e excelente posição de pilotagem, o motor é o da CR Zongshen, o mesmo motor que equipava os modelos da já extinta Kasinski, um motor muito bom aparentemente, só resta saber se a Dafra terá estoque suficiente de peças para reposição, se tiver, a moto tem tudo para emplacar. Eu que curto o estilo custom e já tive Intruder da Suzuki, gostei bastante. A previsão de lançamento é para 2016 e a Dafra ainda não informou o preço.





Dafra (SYM) Fiddle 125

Além da custom de entrada, a Dafra traz também para o Brasil no próximo ano a scooter da SYM, mesma fabricante da Citycom e Next 250, a Fiddle 125, um scooter estilo mais vintage, com traços que lembram a vespa. O Scooter é bem simpático, agradável aos olhos, está equipado com motor SYM de 125 cc, alimentado por carburador, com potência de 10,4 hp, as rodas são de 12 polegadas, ainda que pequenas, já são melhores do que as rodas da Burgman da Suzuki, que ainda insiste nas rodinhas de 10 polegadas, não há preço oficial para o modelo, mas eu chuto que deve chegar custando em torno dos 8 a 9 mil Reais.





Yamaha R3

O lançamento mundial da Yamaha finalmente chega ao Brasil, a mini esportiva yamaha R3, que já teve post por aqui. Tive a oportunidade de fazer o test ride na moto, apesar da pista disponibilizada pela Yamaha ser extremamente pequena, deu para sentir um pouquinho como é vigoroso o motor dessa mini esportiva de 320cc, bastante torque e boa de pilotar, lógico que, por ser esportiva, a posição de pilotagem sugere um uso mais de estrada, no uso urbano a posição incomoda um pouco.



Yamaha N-Max 160

A tão esperada entrada da Yamaha no grupo dos scooters no Brasil finalmente ocorrerá em 2016, a marca trouxe para o salão seu lançamento N-Max 160, um scooter de 160 cc, alimentado por injeção eletrônica, com design bem agradável e tamanho compatível com o da PCX da Honda, que deve ser sua principal concorrente, não há previsão de preço pela Yamaha, mas deve ser algo em torno dos 10 mil.



Yamaha MT-03

Seguindo a tendência da Kawasaki e da KTM, a Yamaha trouxe para o salão sua Naked de "baixa" cilindrada, baixa só na categoria, pois a MT-03 compartilhará do mesmo motor da R3, com 320 cc e cerca de 40 cv de potência, apesar de estar no salão, a Yamaha não confirmou o lançamento dela no Brasil, mas tudo indica que ela tem grandes chances de vir, não há também previsão de preço no momento.



Honda SH-300

É a vez dos scooters mesmo, a Honda, além de renovar a PCX 150 para 2016, vai lançar também o scooter SH-300, finalmente um modelo para competir com a Citycom. Pude fazer o test ride no scooter, alguns pontos me agradaram bastante, já outros deixaram a desejar, mas farei um post exclusivo desse modelo para destacar a experiência de pilotá-lo. A Honda vai lançá-lo em 2016 e o preço deve ficar entre 18 e 20 mil Reais, segundo o vendedor da Honda que estava no estande, preço meio salgado, mas infelizmente essa é a tendência, já que a Citycom chegou aos 17 mil Reais também.



KTM Duke 200 e Duke 390

A KTM, que resolveu entrar de vez no Brasil, trouxa seus lançamentos naked, as Duke 200 e 390 cc, tive oportunidade de testar a Duke 200, uma moto divertida de pilotar, com injeção eletrônica e refrigeração à líquido, um motor bem esperto, que apesar de ter somente 200 cc acredito até que chegue a superar alguns modelos de 250 cc em desempenho.




No geral o salão trouxe muita novidade, além da oportunidade de testar alguns modelos, posso afirmar que valeu muito a pena ir ao salão dessa vez, no próximo ano teremos muitas opções de escolha, para todos os gostos.

Até a próxima,