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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Moto muito rodada, vale a pena?

Você decide que vai comprar um veículo, seja ele carro ou moto, não tem dinheiro para comprar um zero, então busca por um usado, encontra um lindo, aparentemente bem conservado, ama o carro, mas quando olha no painel, vê que a quilometragem mostrada no hodômetro está muito alta. E aí, vale a pena ou não comprar um veículo rodado? Quem nunca parou pra pensar nisso ao comprar um veiculo?

Eu mesmo já questionei muito isso e, até hoje, esse é sim um dos pontos que olho quando vou comprar um caro ou moto usados.

Uma coisa é fato, a quilometragem em si é um dos fatores que diz o quanto o carro é usado, o quanto ele foi exposto ao desgaste, mas não é garantia de que o carro é bom ou ruim. Tratando-se de um veículo muito rodado, existem basicamente duas condições, o veículo que foi exposto a condições severas, como giro alto, carregar peso, trânsito pesado (congestionamento), etc. e o veículo que, apesar de bem rodado, sempre foi usado em condições leves, como uso em estrada (sem estar no máximo do motor), local sem trânsito, sem carregar muito peso. Portanto, muitos outros fatores acabam sendo até mais relevantes ao analisar um carro usado.

O Piloto/Motorista 

Motoristas inexperientes tendem a judiar um pouco de alguns pontos do carro, como embreagem, suspensão (quando se esquece de lombadas, valetas, etc.) e rodas. Contudo, mesmo motoristas experientes tem diversas formas de pilotar/dirigir, falando em motos, quando vemos a moto de um motociclista cuidadoso, que faz as manutenções básicas em dia, não "corta giro", não acelera até o limite do motor, expondo a moto a condições severas, normalmente esses pilotos mais cuidadosos tem motos mais conservadas que, muitas vezes, mesmo estando bem rodadas, trabalham com suavidade, sem fumaça, sem oscilações na rotação, uma moto confiável.

Eu já vi, por exemplo, CG 150 da Honda nos dois extremos, uma, de auto escola, que fica exposta a condições severas, ou seja, está na mão de pilotos inexperientes, fica muito tempo rodando em baixa velocidade, portanto não tem refrigeração adequada, anda praticamente só em primeira marcha, bem, esta moto teve que fazer o motor com apenas 25.000 km rodados. Já outra CG 125 de um ex-colega de trabalho, rodou 140.000 km sem nunca ter aberto o motor, e a moto não queimava óleo, continuava econômica e não tinha perdido potência, mas para isso ela era bem tratada pelo dono, que usava ela sem forçar, isso se traduz em andar dentro dos limites da moto, abaixo dos 100 km/h (para que não operasse em giro alto sempre), sem esticar marcha, sem reduções bruscas no câmbio, dessa forma a moto dele, apesar de muito rodada, era mais confiável do que muitas motos pouco rodadas que já ví.

Lógico que, por melhor conservada que esteja, a ação do tempo e os km rodados não impedem que a moto tenha seus problemas, afinal o desgaste das peças faz com que elas percam sua eficiência e um dia precisam ser trocadas, o que quero dizer é que, ao comprar um veículo mais rodado, procure saber como o ex-dono tratava a moto e avalie as condições da moto, dê uma volta, veja se ao acelerar sai fumaça preta do escapamento, ao andar na moto veja o estado das suspensões, sinta se a moto está alinhada, dê uma boa conferida, assim, mesmo rodando em uma moto mais rodada, você estará com um veículo confiável nas mãos.

Grande abraço e até a próxima,   

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