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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

É proibido andar com a viseira aberta?

O uso da viseira do capacete é algo muito comentado no mundo das duas rodas, a final, é ou não é permitido andar com a viseira aberta?

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê punição para quem anda com a viseira do capacete aberta, é obrigatório o uso da viseira fechada, a justificativa dada para essa obrigatoriedade é que, com a moto em movimento, o uso do capacete com a viseira aberta permite que corpos estranhos, como insetos, pedras e outros objetos atinjam o olho do motociclista.

Até 26/09/2013, o uso do capacete com viseira aberta era considerado multa gravíssima, enquadrada no artigo 244 (Falta de capacete), com punição de suspensão do direito de dirigir, ou seja, a penalidade por utilizar o capacete com viseira aberta era a mesma penalidade por não utilizar o capacete. Essa resolução sempre foi discutida, pois mesmo uma pequena abertura da viseira para não embaçar a vista do piloto era considerada infração, e quem pilota sabe que em dias chuvosos ou de muito frio a tendencia de a viseira embaçar quando fechada é grande.

Pensando nisso, foi aprovado no dia 26/09/2013 a resolução 453, que altera a infração do uso da viseira, deixando de se enquadrar no artigo 244, passando a se enquadrar no artigo 169 (Não dirigir com atenção e os cuidados indispensáveis à segurança), passando a ser multa média, sem perda do direito de dirigir. Dessa forma, a viseira ainda precisa cobrir os olhos do piloto para evitar ser atingido por objetos, mas é permitida uma pequena fresta para ventilação, ao estar com o veículo parado, como em um semáforo por exemplo, é permitido abrir a viseira, devendo fechá-la novamente ao colocar a motocicleta em movimento.

É proibido ainda colocar qualquer tipo de película sobre a viseira, como o insulfilme por exemplo, porém é permitido utilizar capacetes com viseiras fumê durante o dia, de noite o capacete deve ter a viseira cristal (transparente).

Lembre-se, mais do que evitar tomar multas, o correto uso do capacete aumenta sua segurança, utilize-o corretamente, mantenha o capacete sempre travado e com a viseira abaixada quando estiver em movimento, lembre-se de limpar a viseira periodicamente.

Leia Aqui a resolução 453 de 27/09/2013, que entrou em vigor a partir do dia 02/10/2013 para saber mais a respeito.

Boa leitura,

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Capacete - Viseira aberta


Qual a melhor moto para a cidade?

Está se tornando cada vez mais comum ouvir as pessoas falando em tirar a carta de moto para driblar o trânsito de São Paulo, com exceção ao risco de acidente que é sim maior do que em um carro, por mais que se pilote com cautela, a moto apresenta inúmeras vantagens em relação ao carro, a exemplo dessas vantagens temos o baixo valor de aquisição; baixo consumo de combustível; agilidade no trânsito; facilidade de estacionar, ou seja, a moto traz realmente muitas vantagens, além do prazer e sensação de liberdade únicos. Mas ao escolher uma moto para o dia a dia da cidade, muitas pessoas ficam na dúvida sobre qual estilo de moto escolher, então vamos falar um pouco sobre o assunto.
Basicamente vemos 4 tipos de moto principais no trânsito urbano: Scooters, motos street, motos custom e motos trail. Como estamos falando sobre uso urbano, vou me ater em modelos de até 400cc.

Scooters – As pequenas notáveis fizeram sucesso no público das grandes cidades, práticos e confortáveis, os scooters se tornaram os preferidos de uma parcela da população que vê nesses práticos veículos uma alternativa ao transporte público.
Vantagens: Câmbio automático – espaço sob o banco – escudo frontal com apoio para os pés – economia na faixa dos 40 km/l – boa agilidade no trânsito urbano – baixo índice de roubo.
Desvantagens: Suspensão baixa – rodas pequenas – menor conforto para garupa nos modelos de baixa cilindrada – baixa estabilidade em curvas e em frenagens bruscas – tanque de combustível pequeno (em média 8 litros)
Seguro: Seguro disponível somente para modelos acima de 250cc, o valor do seguro costuma ser mais barato do que o de modelos street e trail.
Principais modelos: Suzuki burgman 125 – Honda Lead 110 – Honda PCX 150 – Kasinski Prima 150 – Dafra smart 125 – Dafra Citicom 300i

Motos street – Velhas conhecidas dos brasileiros, as motos street são um misto de características que juntam a praticidade, agilidade e conforto para quem usa a moto no dia a dia.
Vantagens: Economia na faixa dos 35 km/l – agilidade no trânsito urbano – tanque de combustível grande (em média 14 a 16 litros) – baixo custo de manutenção – boa estabilidade em curvas – relativo conforto para piloto e garupa.
Desvantagens: Alto índice de roubo – Modelos de baixa cilindrada costumam ser mais simples, alguns sem freio a disco e sem partida elétrica – Modelos mais completos costumam ser mais caros do que scooters.
Seguro: Seguro disponível somente para modelos a partir de 250cc, os valores são extremamente altos, os maiores entre outros estilos.
Principais modelos: Honda CG Titan – Yamaha YBR Factor – Dafra Riva 150 – Suzuki Yes 125 – Honda CB 300 – Yamaha Fazer 250 – Kawazaki Ninja 250 – Dafra Next 250 – Kasinski comet 250

Motos custom – Guidão alto, banco confortável e suspensão mais baixa, as motos custom proporcionam maior conforto para aqueles que gostam de um estilo mais tranquilo de pilotagem, no geral os modelos primam pelo estilo mais clássico, com detalhes cromados.
Vantagens: Conforto para piloto e garupa – boa estabilidade em curvas e frenagens – baixo índice de roubo – modelos costumam ser completos, com freio a disco, partida elétrica e painel completo.
Desvantagens: Menor agilidade no trânsito urbano – baixo valor de revenda – suspensão baixa para o dia a dia urbano – peças de reposição mais caras - Modelos até 150cc insistem na alimentação por carburador.
Seguro: Seguro disponível somente para motos a partir de 250cc, costuma ter valor de seguro baixo, o menor comparado a outros estilos
Principais modelos: Suzuki Intruder 125 – Dafra Kansas 150 – Kasinski Mirage 150 – Dafra Horizon 250 e Kasinski mirage 250.

Motos trail – Os modelos On/off Road são os preferidos de muitos motociclistas que utilizam a moto para o trânsito urbano, mais altas, com suspensão mais robusta e bastante ágeis, as motos trail vencem os obstáculos da cidade com facilidade.
Vantagens: Rodas com aros maiores – agilidade no trânsito urbano – boa absorção das irregularidades do asfalto – bom espaço para garupa – menor índice de roubo, se comparado com modelos street.
Desvantagem: Menor estabilidade em curvas, se comparada com modelos street – manutenção mais cara – valor de compra maior – altura do assento pode ser um problema para pessoas de estatura baixa.
Seguro: Seguro disponível somente para motos a partir de 250cc, valores costumam ficar em 20% do valor da moto.
Principais modelos: Yamaha XTZ125 – Honda Bros 150 – Yamaha XTZ 250 Lander – Yamaha XTZ 250 Ténéré – Honda XRE 300 – Honda Falcon 400.


No geral todos os estilos são bons para o uso no dia a dia, é mais uma questão de gosto, no meu caso, optei inicialmente por uma custom, Suzuki Intruder 125, por ser mais barata e ter um baixo índice de roubo, fiquei extremamente feliz com o modelo, que me proporcionou grande aprendizado no primeiro ano, atualmente tenho uma Yamaha Ténéré 250, que me proporciona maior conforto, já que moro em um lugar com muitas subidas e muitos buracos, além de ser mais confortável também para andar com minha esposa. As motos street costumam ser uma boa opção para quem quer um misto entre moto para uso diário e passeios, mas infelizmente os modelos costumam ser muito visados pelos ladrões.

Pesquise bastante antes de escolher uma moto para a cidade, procure fazer um misto do seu gosto com sua necessidade do dia a dia, e não esqueça de avaliar que tipo de vias você irá utilizar, se são vias muito esburacadas, com muitas subidas, vias expressas e pedaços de estrada de vez em quando podem excluir um ou outro estilo e/ou cilindrada.

Boa leitura,


Palavras chave:
Estilos - Scooters - Motos custom - Motos street - Motos trail - motos para a cidade - motos para uso urbano

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Dicas de pilotagem: Baixa velocidade e equilíbrio

Quem nunca passou por essa situação? Você está pilotando sua moto e quando precisa reduzir para passar em um corredor mais apertado começa a bambear com a moto até ter que por o pé no chão. Eu já passei várias vezes por situações assim, isso ocorre porque em baixas velocidades a moto perde equilíbrio, e como nossa postura não é 100% correta, sempre tendemos a jogar o peso do corpo mais para um lado do que para outro, o que não muda muita coisa em velocidades mais altas, mas em baixa velocidade faz a moto balançar.

Algumas técnicas podem ser utilizadas para corrigir esse problema, como o uso do freio traseiro e a “meia embreagem”. Ao estar em baixa velocidade, procure fazer as manobras pressionando levemente o freio traseiro, mas mantendo a aceleração, isso deixa a motocicleta menos “livre” e a mantém na trajetória, outra técnica é o uso da “meia embreagem” que é aquele ponto em que a moto começa a andar, mas quando a embreagem ainda não foi totalmente solta, através dessa técnica é possível manter a moto acelerada, porém sem liberar toda a força do motor, mantendo a velocidade baixa. Essa semana passei a utilizar as técnicas e reparei que consigo manobrar a moto bem melhor em baixa velocidade, sem perdas de equilíbrio.

Ao fazer curvas em baixa velocidade, há também alguns segredos, em alta velocidade é necessário inclinar o corpo para manter a moto dentro da curva, isso porque a força centrífuga impulsiona a motocicleta para fora da curva, ao inclinar o corpo o centro de gravidade do conjunto “moto-piloto” fica mais próximo do chão, criando melhor aderência. Se isso ocorre em alta velocidade, em baixa é o contrário, curvas em baixa velocidade não geram força centrífuga considerável, ou seja, curvas em baixa velocidade não “te jogam” para fora da curva, por isso não é necessário inclinar muito o corpo, para manter o equilíbrio, incline levemente a moto para o lado de dentro da curva, e compense o peso jogando seu peso levemente para o lado de fora da curva, com esse equilíbrio de peso a moto se mantém constante na trajetória da curva.

Em manobras com baixíssima velocidade, como desviar de carros num corredor ou estacionar a moto em lugares apertados, a melhor forma de fazer as curvas é virando o guidão apenas, com inclinação quase nula, pois em velocidades abaixo de 20 km/h o segredo para uma curva em equilíbrio é saber virar o guidão e ajudar com aquela leve pressionada no freio traseiro para manter a motocicleta reta.

Essas técnicas tem funcionado comigo e me ajudaram a manter um equilíbrio melhor na moto, espero que ajude a vocês também, se você tem alguma forma melhor de explicar ou corrigir essas técnicas, fique a vontade para compartilhar sua experiência aqui no blog.

Até a próxima,

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Baixa velocidade – Equilíbrio – Pilotagem – Inclinar na curva.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

XTZ 250 Ténéré - Impressões após 1000 km rodados.

Após um mês do último post, bora recomeçar a escrever rsrs.

Já fazem 2 meses que comprei a grandona, agora apelidada de Mafalda pela patroa, isso porque, segundo ela, a Mafalda é uma menina, mas tem uma mente tão aberta e madura que parece até uma mulher, assim como a Ténéré, que é baixa cilindrada mas tem jeitão de moto grande.

Após 2 meses com a moto, já é possível escrever um post com impressões reais da moto no dia a dia, então vamos lá.

Na constante variação de clima em São Paulo temos a oportunidade de pegar Sol, chuva, frio e neblina no mesmo dia, graças as nossas ruas "off-road" de São Paulo também temos todos os tipos de asfaltos e buracos na cidade, ou seja, não há lugar melhor pra testar uma moto do que a cidade de São Paulo.

Quanto ao clima, no que depende da moto a segurança é bem satisfatória, na chuva a moto freia com bastante eficiencia e os pneus proporcionam boa aderência, o fato da moto ser mais alta ajuda quando se está em pista molhada, pois suja menos os sapatos e a capa de chuva, além de ser possível passar em algumas poças d'água sem tomar um banho. No frio o design da moto também ajuda um pouco, pois as pernas ficam parcialmente protegidas do vento por conta do design do tanque de combustível, em altas velocidades a pequena bolha faz uma diferença, pois não há grandes rajadas de vento no peito do motociclista, coisa que eu sentia na minha Intruder 125. Algo que me me deixou bem feliz foi o fato de a moto com injeção eletrônica pegar com facilidade no frio, com a Intruder as vezes insistia duas ou três vezes para ligar a moto, na Ténéré na primeira a moto já acorda.

No dia a dia urbano a moto é excelente, tem fôlego para andar na marginal, fazer ultrapassagens e encarar subidas com garupa, sem sufoco. A altura da moto facilita muito o trânsito pelos corredores, já que o guidão da moto passa por cima da maioria dos retrovisores dos carros, só é preciso tomar cuidado com Vans e outros carros mais altos, pois se não quem perde o retrovisor é você. O guidão da moto esterça muito bem, tornando a moto muito ágil em mudanças de direção e manobras em baixa velocidade no trânsito. A suspensão alta também proporciona muito conforto, absorvendo os impactos causados pela buraqueira de nossa cidade, mesmo com garupa a suspensão faz sua parte, com muita eficiencia, só elogios da patroa quando anda na garupa. A única reclamação é quanto a um conhecido "toc" que a suspensão dianteira faz, ao passar por pequenos buracos, onde a suspensão avança e retorna com maior velocidade, é possível ouvir um "toc", causado por uma falha na circulação do óleo dentro da bengala, essa falha ocorre nos modelos 2011 da Ténéré 250, a Yamaha costuma trocar as flautas em garantia pelas flautas do modelo 2013, onde foi corrigido o problema, mas como eu já peguei a moto fora da garantia teria que pagar pelo serviço, como já li em vários lugares e tive também informação de mecânicos que dizem que isso não acelera o desgaste da suspensão e nem compromete a segurança, vou manter do jeito que está.

Na estrada a moto se comporta muito bem, pelo fato de ser mais alta, o vento dá uma balançada na moto quando se passa dos 100 km/h, nada que incomode ou comprometa a segurança, mas é possível perceber a direção mais leve, com garupa essa "balançada" reduz um pouco, deixando a moto mais estável. Quanto a velocidade, mesmo com garupa é possível andar tranquilamente na casa dos 100 km/h, tendo motor para esticadas a 120 ou 130 km/h para ultrapassagens, o motor é bem balanceado e não gera grande vibração no passeio.

Pilotar de noite com a moto é bem seguro no que diz respeito a pilotagem, pois o eficiente farol da Ténéré ilumina muito bem, quase comparado ao farol de um carro. Além do fator iluminação, a moto se torna mais visível, pois os carros vêem o reflexo do farol a uma boa distância, de forma que é praticamente impossível passar despercebido pelos carros. O painel da moto também é de visualização muito fácil de noite, podendo ver as principais informações sem desviar o olhar da pista por muito tempo, as luzes de seta e farol alto são bem fortes, de forma que não há como esquecer um dos dois ligados direto.

Quanto ao consumo, só alegria, tirei média 5 vezes e todas elas foram excelentes, a moto faz uma média de 27,7 km/l, isso considerando 80% do percurso urbano e 70% do tempo sozinho.

Manutenção, depois que comprei ela não sei mais o que é isso, não precisei trocar nada além do óleo e filtro, de resto é só lubrificar a corrente pois até agora nem de ajuste na corrente a moto precisou, só alegria.

Depois de dois meses e pouco mais de 1000 km rodados, só tenho elogios a Ténéré 250, recomendo como uma opção pra quem quer uma moto boa para o dia a dia, mas com fôlego para passeios no final de semana.

Até a próxima,

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Palavras chave
Ténéré 250 - impressões - Yamaha - toc na suspensão - consumo - estrada