O código de trânsito brasileiro determina categorias de habilitação para cada tipo de veículo, essas categorias são determinadas por letras de A a E, onde a categoria A é para condução de veículos de duas ou três rodas, e as restantes para veículos de quatro rodas (automóveis, ônibus, etc.).
No passado a categoria de motos era dividida em duas subcategorias, de acordo com a cilindrada da motocicleta, a justificativa era que um piloto inexperiente não deveria iniciar nas duas rodas com uma moto grande, pois o risco de sofrer acidente seria maior nesse caso. Posteriormente foi determinado que não havia mais a necessidade dessa divisão e a categoria voltou a ser sem divisões, apenas a letra A para qualquer tipo de moto ou triciclo.
Acontece que vem tramitando no legislativo a alteração da categoria A, voltando a ter as subdivisões por cilindrada, usando a mesma justificativa anterior, que pilotos inexperientes devem começar com motos "mais fracas".
No passado a categoria de motos era dividida em duas subcategorias, de acordo com a cilindrada da motocicleta, a justificativa era que um piloto inexperiente não deveria iniciar nas duas rodas com uma moto grande, pois o risco de sofrer acidente seria maior nesse caso. Posteriormente foi determinado que não havia mais a necessidade dessa divisão e a categoria voltou a ser sem divisões, apenas a letra A para qualquer tipo de moto ou triciclo.
Acontece que vem tramitando no legislativo a alteração da categoria A, voltando a ter as subdivisões por cilindrada, usando a mesma justificativa anterior, que pilotos inexperientes devem começar com motos "mais fracas".
Atualmente, o condutor que possui a categoria "A" em sua habilitação pode pilotar qualquer veículo motorizado de duas rodas, desde os ciclomotores de 50 cc a motos de 1800 cc ou mais (se houver...). A nova lei propõe dividir a categoria "A" em 3, que seriam A1, A2 e A3, sendo que essas divisões seriam classificadas de acordo com a cilindrada da moto (cc). A categoria A1 seria destinada a condução de motos até 300 cilindradas, a categoria A2 para motos até 700 cilindradas e a categoria A3 para qualquer moto.
A princípio, quem já possui habilitação ou estiver em processo de habilitação até a lei entrar em vigor não sofre com a alteração, a subdivisão passaria a valer apenas para quem iniciar o processo após a aprovação da lei. Provavelmente o que seria feito posteriormente é alterar a categoria do condutor para A3 quando ele fosse renovar a habilitação de categoria A.
Minha opinião
Até concordo que um piloto inexperiente pegar uma moto muito potente é perigoso, mas acredito que os acidentes envolvendo pilotos recém habilitados está muito além da cilindrada da motocicleta.
Na minha opinião o que está errado e causa acidentes com recém habilitados é o processo de habilitação de motocicletas, nós que já temos a habilitação pudemos ver na prática que em momento algum do processo de habilitação o condutor sai com a motocicleta em meio ao tráfego, todas as aulas são feitas em circuito fechado, sem pedestres, sem outros veículos, ou seja, sem risco algum, onde o condutor não tem noção do reflexo necessário para tomar decisões como quando parar a moto, quando desviar de obstáculos inesperados, como se comportar ao passar ao lado de um carro, ônibus ou caminhão.
Outro detalhe absurdo do processo atual de habilitação é o condutor fazer todo o trecho (ao menos em São Paulo) somente em primeira marcha e sem a necessidade de dar seta, duas coisas que são naturais e necessárias no dia a dia, fora é claro o fato de o percurso ser feito a cerca de 20 km/h, onde é recomendado pelo instrutor não utilizar o freio da frente, o aluno sai habilitado e condicionado a usar somente o freio traseiro, imaginam o que acontece quando precisa frear repentinamente nas vias né...?
O que quero dizer com isso tudo é que a subdivisão da categoria A não vai reduzir o índice de acidentes, mesmo porque as motos de maior cilindrada são responsáveis por um percentual muito pequeno dos acidentes envolvendo motocicletas, a esmagadora maioria dos acidentes com motos é de motos até 300 cc, que são as motos utilizadas no dia a dia urbano, portanto a real reforma necessária no processo de habilitação é na forma de preparar o condutor de motocicleta para a realidade do trânsito e não apenas condicioná-lo a um circuito fechado sem a mínima noção da realidade.
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Até a próxima,
Fonde das imagens: Google
A princípio, quem já possui habilitação ou estiver em processo de habilitação até a lei entrar em vigor não sofre com a alteração, a subdivisão passaria a valer apenas para quem iniciar o processo após a aprovação da lei. Provavelmente o que seria feito posteriormente é alterar a categoria do condutor para A3 quando ele fosse renovar a habilitação de categoria A.
Minha opinião
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Na minha opinião o que está errado e causa acidentes com recém habilitados é o processo de habilitação de motocicletas, nós que já temos a habilitação pudemos ver na prática que em momento algum do processo de habilitação o condutor sai com a motocicleta em meio ao tráfego, todas as aulas são feitas em circuito fechado, sem pedestres, sem outros veículos, ou seja, sem risco algum, onde o condutor não tem noção do reflexo necessário para tomar decisões como quando parar a moto, quando desviar de obstáculos inesperados, como se comportar ao passar ao lado de um carro, ônibus ou caminhão.
Outro detalhe absurdo do processo atual de habilitação é o condutor fazer todo o trecho (ao menos em São Paulo) somente em primeira marcha e sem a necessidade de dar seta, duas coisas que são naturais e necessárias no dia a dia, fora é claro o fato de o percurso ser feito a cerca de 20 km/h, onde é recomendado pelo instrutor não utilizar o freio da frente, o aluno sai habilitado e condicionado a usar somente o freio traseiro, imaginam o que acontece quando precisa frear repentinamente nas vias né...?
O que quero dizer com isso tudo é que a subdivisão da categoria A não vai reduzir o índice de acidentes, mesmo porque as motos de maior cilindrada são responsáveis por um percentual muito pequeno dos acidentes envolvendo motocicletas, a esmagadora maioria dos acidentes com motos é de motos até 300 cc, que são as motos utilizadas no dia a dia urbano, portanto a real reforma necessária no processo de habilitação é na forma de preparar o condutor de motocicleta para a realidade do trânsito e não apenas condicioná-lo a um circuito fechado sem a mínima noção da realidade.
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