Um ano e dois meses após a retirada do scooter Dafra Citycom 300i zero, finalmente completei os 9.000 km rodados com essa bela máquina, nesse tempo deu para tirar uma conclusão sobre ela, e o veredito é: RECOMENDO!
A Citycom é meu primeiro scooter, antes dela tinha tido apenas motos "convencionais", como a Intruder 125 da Suzuki e a Teneré 250 da Yamaha, até tinha dado umas voltas no scooter Burgman 125 i da minha esposa, mas foi depois de ter comprado a Citycom que realmente passei a notar as diferenças entre moto e scooter, e me surpreendi positivamente.
Além da praticidade, já mencionada nos posts anteriores (lista no final desse post), agora aos 9.000 km pude ter uma noção melhor se vale ou não vale a pena ter um scooter como a Citycom, então vamos aos detalhes:
Consumo
A City continua com uma média boa de consumo, faço médias entre 25 e 26 km/l no meu dia a dia, isso considerando uso 80% urbano e 70% do tempo sozinho, além disso, tenho uma tocada suave, dessa forma a City é bem econômica, para uma moto desse porte.
Agilidade
Nesse quesito, é preciso ter noção que um scooter médio, como a Citycom, não é para ser usado para costurar no trânsito, passo com a City muito bem pelos corredores, dificilmente fico travado, mas é preciso ter cuidado ao passar por entre os carros, pois a largura da City e os retrovisores abertos exigem certa atenção. No meu trajeto pego avenidas boas de corredor, como a Estrada de Itapecerica, marginais, entre outras; já em vias como Avenida João Dias, Interlagos, Radial Leste, que são mais apertadas, aí a City encontra certa dificuldade. Mas em geral dá pra andar tranquilo com ela por SP.
Conforto
Não há comparação, scooter é mais confortável, tanto no uso urbano quanto na estrada. Na cidade há duas medidas, o banco confortável é só alegrias, porém a suspensão de menor curso e mais dura judia em vias muito irregulares (as famosas costelinhas), já na estrada, justamente por ser mais firme, a suspensão trabalha muito bem e a moto fica muito estável, pilotar entre 100 e 120 km/h é tranquilo, sobretudo porque a bolha desvia o vento com muita eficiência, tornando o passeio mais prazeroso. A única coisa que fiz a mais, foi colocar o Encosto traseiro, para melhorar o conforto para minha esposa nas viagens mais longas.
Estrada
Pude fazer algumas viagens com a City, a mais longa foi de 250 km de ida, e mais 250 km de volta. Todas as vezes que viajei com ela foi com minha esposa na garupa, é possível viajar tranquilo com velocidade de cruzeiro de 110 a 120 km/h, acima disso o vento para o garupa traz certo desconforto, mas mesmo com garupa consegui andar um trechinho a 140 km/h tranquilamente, mas por pouco tempo, pois prefiro manter a velocidade de cruzeiro. A economia na estrada é TOP, todas as vezes a média de consumo ficou entre 27 e 28 km/l (Andando na média de 110 km/h). O banco e posição de pilotagem são bons para estrada, uma segunda posição para o pé, como na MaxSym 400, seria interessante, mas ainda assim é tranquilo viajar na City. Já com relação a bagagem, o espaço sob o banco é excelente, dá pra carregar bastante coisa, lembrando que viajar de moto com muita bagagem não é algo interessante rsrs.
Manutenção
Chegou aonde vocês queriam, rsrs, a manutenção. Não tive grandes surpresas com a manutenção da City, na verdade até me surpreendi positivamente, pois achava que scooter dava mais manutenção. As únicas peças que troquei da Citycom até hoje foram filtro de ar e pastilhas de freio, não achei os custos altos, segue a lista de preços:
- Filtro de ar: R$ 80,00
- Pastilhas de freio: R$ 65,00 cada (Mesmo preço para dianteira e traseira, marca Potenza)
Na Citycom não precisa trocar o filtro de óleo, pois o filtro é uma telinha (tipo peneira), basta limpar.
As pastilhas de freio dianteiras originais, que vieram quando peguei a moto zero, duraram apenas 3.000 km, mas eu acredito que tenha sido porque eu não estava acostumado com scooter, a segunda troca das pastilhas dianteiras foi feita agora, perto dos 9.000 km, ainda tinha um pouco de material mas preferi trocar, já as traseiras, essas ainda eram as originais, ou seja, d
uraram 9.000 km.
Fora isso só foi feita a limpeza do CVT, que só foi bem feita mesmo agora na revisão dos 9.000 km (Comentário abaixo na revisão).
Revisões
As três primeiras revisões, de 1.000, 3.000 e 6.000 km, como peguei a moto zero km, foram feitas na concessionária Dafra, nas duas primeiras, o serviço foi excelente, mesmo porque não era nada demais, apenas troca de óleo, já na revisão dos 6.000, eu pedi para eles fazerem a limpeza do CVT, pois sentia ela trepidar um pouco na saída quando ligava ela de manhã, eles disseram que foi feita a limpeza, mas depois de uma semana a moto voltou a trepidar, nesse ponto fiquei descontente com o serviço da CC, entendo que eles tenham muitas motos para fazer por dia, mas não acho que isso seja motivo para fazer um serviço meia boca. Acabou que com 7.000 km eu mesmo abri o CVT para limpar, como era a primeira vez que fazia isso não tenho certeza se fiz a melhor limpeza possível, mas foi o suficiente para a moto parar de trepidar, e ficou assim até a revisão dos 9.000 km.
Há poucos dias, senti como se fosse um calo na caixa de direção, bem no meio, e como já estava perto dos 9.000 km, resolvi levar a moto para a revisão, como não gostei do serviço da CC e já havia passado a garantia, resolvi fazer com um mecânico que me indicaram, o Vanderlei Anjos, no Embu das Artes. Ele fez uma revisão completa na minha moto, limpou o CVT (agora da forma correta, lavando peça por peça), trocou óleo de motor e da caixa redutora, desmontou a caixa de direção, que não estava com calo, só estava seca, lubrificou e montou de volta, e aproveitei que ia desmontar tudo e pedi para trocar o óleo das bengalas e as pastilhas de freio. A moto voltou melhor do que quando peguei ela zero, pois a direção estava bem mais mole e o motor girando redondinho, parecia zero km de novo. O serviço completo dessa revisão, com as peças, ficou em R$ 480,00, bem mais em conta que na CC, e um serviço de muita qualidade, certamente as próximas revisões serão feitas com ele novamente.
Para finalizar, hoje com 9.000 km, a moto está perfeita, sem defeitos e me trazendo só alegrias, não tenho intenção de trocá-la tão cedo e espero poder rodar muitos km a mais com ela. Para quem tem intenção de comprar uma Citycom, mas tem dúvidas quanto a qualidade e confiabilidade da moto, recomendo, pois ela é show de bola.
Até a próxima,
Posts relacionados
Olá duten. Comprei recentemente uma Citycom 2012 com 8 mil km, e tô notando que minha moto vibra muito o guidon entre 60 e 80 km/h. A sua também faz isso? Se não, sabe o que pode ser? Obrigado e um abraço.
ResponderExcluirOlá João. Essa vibração, chamada também de "shimming" é comum sim quando a moto chega próximo aos 10.000 km, a minha começou apresentar agora aos 11.000 km, mas isso só ocorre se eu soltar o guidon nessa velocidade, com a mão no guidon não sinto vibração não. Normalmente o pessoal resolve isso colocando um contra peso mais pesado a ponta dos manetes.
ExcluirIsso ocorre por conta do nosso asfalto ruim, com o tempo a caixa de direção vai criando microcalos e por isso fica mais irregular, fora isso pneu desbalanceado pode causar esse shimming tb.
Experimente na próxima revisão pedir para verificar a caixa de direção e lubrificá-la, talvez melhore um pouco. Abraço!
A minha Citycom 300i tem essa vibração desde que comprei 0km (jul2015). Ocorre ocasionalmente, a depender do piso e da velocidade, mas somente se tirar uma das mãos do guidão. Em 2 concessionárias já me disseram que essa é uma característica normal dessa scooter.
ExcluirMarcio, essa vibração que você sente é o que se chama "shimming" que é justamente a vibração no guidão quando a moto passa de 50 ou 60 km/h, muita gente diz que isso é comum na Citycom, mas eu não tenho esse problema, o segredo para evitar essa vibração é balancear os pneus e manter a caixa de direção bem lubrificada, pneus gastos podem gerar esse efeito também. Abraço!
ExcluirJoão Duten muito obrigado pelas dicas e conselhos. Acabei de comprar uma Citycom com 9.000 kms. e ela Shima exatamente como foi descrito aqui.Antes de sair com a moto, mandei fazer uma revisão em um mecânico de confiança que aliás trocou os rolamentos da caixa de direção. Hoje rodei 100 kms. em estrada e sinceramente nunca tinha visto uma moto shimar assim.
ResponderExcluirVou voltar lá e solicitar que façam novamente o serviço.