Pilotar um scooter tem lá
suas diferenças. Na última semana minha esposa fez o exame de moto e está
esperando a chegada da habilitação, na mesma semana compramos a moto dela, uma
Burgman i 125.
A escolha da patroa pelo
scooter foi a facilidade e praticidade da motoneta, automático, não estraga os
sapatos, não suja os pés, e tem espaço sob o banco e porta trecos no escudo,
resumindo, foram muitos argumentos incontestáveis para a escolha por um scooter.
Escolher entre scooters é
questão de gosto. Hoje em dia há muitos modelos no mercado, desde marcas
consagradas como a Honda e Suzuki até as mais recentes no mercado como a Dafra
e Kasinski. Por uma questão prática, pensando na futura inspeção veicular,
optamos por escolher um modelo com injeção eletrônica e uma marca mais
tradicional, por isso as opções de escolha se reduziram entre a Honda Lead 110 e
a Suzuki Burgman i 125. Como eu já tive moto da Suzuki e após termos lido
alguns fóruns relacionando os prós e contras das duas, a opção foi mesmo a
Suzuki Burgman. Compramos uma ano 2013, com pouco mais de 1000 km rodados.
Como a esposa ainda não está
com a carta e não tem prática nas ruas, a missão de buscar o scooter foi minha,
levando em consideração que moro no extremo da zona sul de SP e a moto estava
no extremo da zona norte, foi um bom percurso para tirar as primeiras
conclusões sobre a moto.
Eu nunca tinha pilotado um
scooter, a não ser por pequenas voltas em quarteirões. Por isso a primeira
volta foi mais devagar e sentindo as diferenças, a pilotagem do scooter é muito
mais suave e exige bastante calma, pois além do motor ser um pouco mais fraco,
a progressão da aceleração é menor também.
Performance - A grande
surpresa do câmbio CVT está no funcionamento uniforme e preciso, ao sair no
farol, o scooter alcança rapidamente a velocidade de 60 km/h, daí pra cima é
preciso ter um pouco de paciência, mas nada muito demorado. Após chegar na velocidade
padrão da via, o scooter ajusta as polias para manter uma rotação mais baixa,
isso se traduz em muito conforto, pois praticamente não existe vibração e o
barulho do motor é baixinho.
Conforto – Pilotar o scooter
por cerca de 50 km direto foi o suficiente para avaliar o conforto do banco,
muito macio diga-se de passagem, não senti desconforto em momento algum com
relação a maciez do banco, aprovadíssimo. Já comentado acima, o funcionamento
suave do câmbio CVT dá um ar de conforto na pilotagem do scooter. A posição de
pilotagem, apesar de se tratar de uma moto pequena, é confortável, as pernas
ficam sobre a base e atrás do escudo, a grande vantagem dessa posição dos pés é
que ao passar por uma poça d’água os pés não molham. A posição de pilotagem de
todo scooter é sentado e não montado como nas motos convencionais, por isso há
uma mobilidade maior para as pernas, em especial na burgman, tem uma segunda
posição para os pés, apoiando-os na curva do escudo, ou seja, não precisa ficar
com o pé sempre na mesma posição, isso ajuda em longos percursos.
Suspensão e tamanho das
rodas – Apesar de ser um item muito ligado ao conforto, esse merece um
destaque, o único desconforto sentido ao pilotar o scooter foi com relação a
suspensão e tamanho das rodas, se comparado com outros scooters, acredito que a
burgman seja até mais confortável, mas como estou acostumado com a minha grande
Teneré 250, senti desconforto principalmente nas ruas mais onduladas, a moto
pula bastante. As rodas são de 10” na frente e atrás, isso faz com que as
imperfeições do asfalto sejam sentidas pelo piloto. Ainda sobre as rodas, é
preciso tomar muito, mas muito cuidado com os buracos, pois um buraco pequeno
pode fazer um estrago enorme nas rodas, além de aumentar a chance de uma queda
feia.
Um dos motivos da escolha
pelo Burgman ao invés da Lead, foi o limitador de velocidade, ou ausência dele.
A Honda Lead tem um limitador que impede o scooter de passar dos 85 km/h, tudo
bem que no geral esse é a velocidade máxima segura para um scooter, mas na
marginal pinheiros por exemplo, onde eu costumo manter uma média de 80 km/h, as
vezes é preciso chegar aos 90 ou 95 km/h para passar um carro e sair de uma
situação de estar no ponto cego de outro veículo, é sempre bom ter um fôlego a
mais de motor para estas situações. Nesse ponto a Burgman se mostrou excelente,
apesar de ainda estar na faixa de amaciamento do motor, ela respondeu bem e
ficou super estável nos 90 km/h, sem problemas com ventos ou força do motor.
Freios – Ponto para o
scooter, a princípio não achei que os freios seriam eficientes, mas o scooter
tem excelentes freios, disco na dianteira e tambor na traseira, mas bem
calibrados, param o scooter em distância segura, como o câmbio CVT atua até a
moto estar praticamente parada, o freio motor constante ajuda na frenagem, além
disso, o peso do scooter é muito bem distribuído e a moto freia sem balançar,
mesmo em freadas mais bruscas.
Resumindo, para quem busca
um veículo para curtas distâncias, com conforto e praticidade, recomendo
completamente a Suzuki Burgman i 125, futuramente haverão mais posts sobre a
motoneta. Abaixo uma foto da pequena ao lado da Teneré:
Até a próxima
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